Motivação Profissional, Você é Farinha ou Fermento?
Motivação Profissional, Você é Farinha ou Fermento?

Rosângela Barreto (Rose)

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Mateus 13:33

Sem querer ser simplista, mas já sendo, na minha opinião só existem dois tipos de profissionais no mundo: a farinha e o fermento. Em qual das duas categorias você se encontra? Antes de decifrarmos as características de cada um, veja a parábola abaixo, que servirá como base para compreendermos as características e funções de cada um deles:

“Disse-lhes outra parábola: O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado”.

A coisa é simples. Existem profissionais que mudam os ambientes que permeiam. Outros são mudados por ele. Eu sei que, do ponto de vista da psicologia, todos nós sofremos influência do meio em que vivemos, ou atuamos. Mas quero chamar sua atenção para o fato de que existem pessoas – e elas são poucas – que são capazes de, com sua presença e comportamento, mudar um ambiente, seja para pior ou para melhor. Considerando a parábola acima, Jesus deixa claro que por mais que se tentasse “esconder” um punhado de fermento em meio a uma quantidade de farinha, a farinha “denunciaria” a presença do fermento, pois iria reagir à sua presença.

Em quase todas as passagens da Bíblia alusivas ao fermento, encontramos esse elemento associado à idéia de algo ruim, de pecado que “contamina” (leveda) toda a massa, ou todo o homem. E essa idéia se deve ao fato de que um pão sem fermento resiste muito mais tempo do que o pão fermentado. No caso específico dessa parábola, Jesus compara o Reino dos Céus à farinha levedada. Uma vez que seria um absurdo imaginar Jesus comparando o seu Reino ao pecado (fermento), Ele nos dá uma outra compreensão da ação desse elemento, e que tem tudo a ver com nossa vida como profissionais.

O princípio deixado por Jesus é que existem elementos (fermento), aos quais podemos chamar de agentes, que causam efeito em outros elementos, aos quais chamaremos de pacientes (farinha). É óbvio que no caso da parábola, os elementos se combinam e reagem quimicamente, sendo impossível sua separação. Mas quem foi que disse que nas mentes não ocorre a mesma coisa? Coloque uma pessoa do tipo “agente” (fermento) junto a uma pessoa do tipo “paciente” (profissional), e o que você verá é que, depois de um certo tempo, você não conseguirá mais distinguir de quem são os pensamentos, uma vez que estarão as duas pensando em comum, muitas das coisas. O paciente terá sua mente “levedada”, positiva ou negativamente, pela presença e influência da ação do profissional agente.

Lembra da analogia dos profissionais maçãs podres, que acabam apodrecendo toda a cesta? Ela é um sub-extrato dessa idéia maior, pois considera apenas a influência negativa que alguém pode. E é lógico que não vou me ater a essa referência. Mas sim, ao fato de como fermento bom, você pode ser o agente de transformação de muitas vidas em seu derredor. E, assim como o fermento que aumenta a massa, você pode com sua influência expandir as mentes e corações dos que o cercam, levando-os a pensarem melhor e mais alto, e sentirem melhor e mais profundo.

Outro aspecto interessante é que o efeito do agente não acaba no paciente direto, pelo contrário, ele se multiplica. Se não, tome um punhado de massa sem fermento, e coloque-a junto de uma massa em fermentação. O que você verá é que toda a massa se fermentará, dando continuidade ao processo iniciado pelo agente. Ou seja, profissionais que são positivamente “contaminados” pela influência de colegas agentes, são meios naturais e espontâneos para a propagação de boas coisas. Portanto, não é para se desesperar caso você conclua que é farinha (paciente), pois mesmo assim você terá condições de multiplicar o bem e de influir positivamente, só que numa escala bem menor. Outro aspecto a considerar é que o fermento, por suas características mais transformadoras, é muito mais valioso, pois um pouco dele já faz toda a diferença. É como aqueles sábios que com suas poucas palavras têm o poder de transformar os homens, e por fim a história. Lembra do “I have a dream”, de Martin Luther King?

Se nessa altura do campeonato você já está fazendo associações entre o fermento e os líderes, fique certo que seu pensamento está na direção correta. Só não caia na ilusão de achar que para ser fermento você precisa ter um posto (cargo) de liderança. Para ser um líder de fato, você não precisa do título de direito, ou do cargo que impõe a “autoridade”. Você só precisa ter a capacidade própria dos elementos agentes: promover mudanças na estrutura (química, mental, social, espiritual) dos que o cercam.

Então, você é farinha ou fermento? Espero que depois deste texto sua cabeça e seu coração estejam FERMENTANDO!

Paulo Angelim

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Rosângela Barreto é formada em Comunicação e Letras, exerce a função de Executiva de Contas em Recuros Humanos há 24 anos, nas horas vagas adora cozinhar e inventar pratos diferentes

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