Aécio Cesar
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Você alguma vez já parou para pensar que a evolução humana vai além deste corpo de carne que tem data de validade e em que em suas enfermidades concorram para uma exploração farmacêutica e religiosa nada justas? Que a nossa fase de experimentação religiosa – diga-se de passagem – já está gasta, precisando urgente de novos argumentos em que a alma se sinta mais espiritualizada com os ditames da fé raciocinada?
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Assim sendo, vejamos o que o Instrutor Eusébio em sua dissertação fala a respeito, relatada pelo espírito André Luiz no livro “No Mundo Maior”, pela mediunidade psicográfica de Chico Xavier: “Não nos dirigimos aqui, porém, aos que ainda sonham na clausura do “eu”, enredados nos mil obstáculos da fantasia que lhes cristaliza as impressões”. Nossos pensamentos evoluem em cada passagem nossa no mundo através das reencarnações. Mesmo que o espírito não deseje evoluir, chegará o momento em que ele irá se certificar da importância do conhecimento na vida sentimental pachorra, em que ora se deixa levar.
É natural para os aprendizes que realmente desejam se instruir que sondem melhor os assuntos concernentes à própria espiritualização, experimentando novas sanções de elevação, examinando novos vetores de aprendizado, operando curiosidades que sempre levem para um conhecimento maior.
Que sejam divinas as diversas hipóteses que podem chegar o espírito em seus vários caminhos de ascensão concorrendo, persuasivamente, na exibição personalista, não aquela doentia, claro, mas aquela outra, compreensível de entendimento onde participe de uma razão mais aquinhoada, mais substanciosa, mais significativa possível.
Reconheçamos que para alimentarmos um vício nada nos impede de fazê-lo, não é mesmo? Agora, quando procuramos limar nossa personalidade das intempéries do caminho das sombras, mil obstáculos nos surgem, fantasiando, assim, a verdade sobre nós mesmos com os apetrechos que sempre encontraremos nas intenções mais voláteis e inseguras.
A universalidade religiosa tem que ser a meta central das religiões existentes no mundo. Mesmo que cada uma exerça certo papel na cabeça de cada adepto, elas deverão ampliar sua visão antes narcisista para outra, mais centrada nos princípios que o nosso Mestre Jesus pediu que fizéssemos.
Nada de criarmos bíblias apropriadas para o nosso mundinho religioso; nada de especular como religião verdadeira só porque se veste uma batina, um terno, trajes comuns ou que se encontre posicionado numa tribuna; nada de se apoderar de uma fé cega levando com ela, muitos para o buraco da descrença e da insatisfação.
Não vamos mais aceitar a acomodação que intentamos idealizar em nossos templos, igrejas e casas espíritas e nem mesmo a felicidade exclusivista ante o choro e lamentos dos irmãos em tortura religiosa. Comigo, Leitor Amigo?