Aécio Cesar

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            Você alguma vez já parou para pensar que não conseguiremos nosso passaporte a mundos mais felizes, só porque nessa existência visitamos uma vez um asilo, descascamos meia dúzias de batatas para uma Sopa Fraterna ou simplesmente falamos alguns minutos sobre o Evangelho regenerador? Para aqueles que assim alimentam tal ideia, se preparem, pois a surpresa não será nada agradável.

            Mundos felizes requer mundo íntimo renovado sempre. Mesmo tendo permissão de uma rápida visita a esses mundos, não aguentaríamos, mesmo por alguns segundos, a sua atmosfera rarefeita porque ainda o nosso perispírito não se habilitou a viver em mundos como estes. E é tão sério o assunto que o Instrutor Eusébio esclareceu à plateia que o ouvia nos planos espirituais quanto ao assunto, relatado pelo espírito André Luiz ao médium Chico Xavier no livro “No Mundo Maior”. Vejamos: “Não reclamemos, pois, ingresso em mundos felizes, antes de melhorar o nosso próprio mundo”. Como podemos observar nem sempre querer é poder não é mesmo?

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O Ingresso 1

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            As diversas religiões do mundo tem várias acepções a respeito do ingresso de fieis no céu celestial como se esse fosse uma estação de veraneio onde pessoas, nele, não se preocupariam na própria espiritualização e, sequer, na de seus semelhantes. Para esses o importante é falar… e ouvir… falar e ouvir… sobre o Evangelho, e já está de bom tamanho. Mas a Justiça Divina como também a própria consciência de cada um nos alertam dos perigos existentes nesse caminho impensadamente escolhido.

            Mesmo sucumbido ao gládio dos infortúnios, o homem tem tudo para administrar em si uma disciplina de bons princípios para que se afaste, assim, das intempéries que em nada nutre o coração de paz interior.

            Existem, sim, campos elísios onde a felicidade perpetua como cântico do Senhor. Mas essa felicidade não se concretiza se a sua população não estiver interessada nos irmãos da retaguarda. E é tanto verdade no que eu digo, que inúmeros cicerones do amor vem até nós, reencarnando em mundos de suplícios para nos informar que existe, sim, esperança em um porvir cheio de paz no coração quando o homem amar o semelhante como se deve.

            E para enfatizar mais o meu pensamento aqui, vamos para mais uma citação do Instrutor acima: “Rendamos culto à vida permanente, à Justiça perfeita e adaptemo-nos à Lei que nos apreciará o mérito sempre de conformidade com as nossas próprias obras”. Exato em todos os sentidos. Sem nada fizermos para retirar das trevas irmãos nelas mergulhados, difícil sazonar paz íntima sem o concurso do nosso merecimento. Comigo, Leitor Amigo?

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