Lino Tavares
É muito ridículo esse mapeamento da incidência do Covid-19 no Brasil, que é mostrado na televisão colorido em função do traçado geográfico, como se a pandemia obedecesse fronteiras na sua forma de incidir nos diversos estados da Federação.
O estado de Santa Catarina, por exemplo, aparece nesta sexta-feira (13/11) colorido de vermelho de ponta a ponta, enquanto o vizinho Rio Grande do Sul é mostrado todo de azul celeste.
Isso permite imaginar que, se alguém estiver no lado catarinense da ponte sobre o rio Mampituba, que delimita os dois estados, correrá menor risco ser contagiado pelo vírus a partir do momento em que atravessar a ponte e entrar no estado gaúcho, que teoricamente vive situação de estabilidade, com menor índice de contaminação.
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Esse tipo de informação, do jeito em que está sendo divulgado, não passa de pura fantasia, pois deveria ser feito em função da incidência de casos por regiões, independente das delimitações geográficas de cada estado.
A maneira infantil como vem sendo revelada essa incidência viral é como dizer que está chovendo em Santana do Livramento, mas está um dia ensolarado em Rivera, no Uruguai, cidades gêmeas que, como bem sabemos, são separadas apenas por uma rua.
Para concluir, declino aqui minha desconfiança nessa história de que São Paulo, o mais populoso estado do Brasil, está estabilizado acerca do índice de contaminação por coronavírus.
O que me leva a colocar em dúvida essa informação tem tudo a ver com o fato de São Paulo ser governado por João Doria, um desafeto de Bolsonaro, que está em alta negociação (ou negociata) com a China para a compra e distribuição, o mais breve possível e ainda sem comprovação científica, dessa tal vacina Coronavac que está sendo produzida no Instituto Butantan, de Dimas Covas, sabe-se lá a que custo e com que real intenção.
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