Lino Tavares

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    As nossas Forças Armadas,  por sua história como  integrantes das Forças Aliadas no combate ao nazi-fascismo em meados do século passado e por sua grandeza,  constituem o mais importante contingente militar da América Latina. É claro que Exército, Marinha e Força Aérea brasileiros estão bastante distanciados de suas congêneres de grandes potências como Estados Unidos e Rússia, em termos de poderio bélico.  No entanto, talvez pese sobre os ombros da Instituição Militar brasileira o mais importante papel estratégico do Planeta, no tocante a evitar o recrudescimento do “Império comunista”, oficialmente extinto no Leste europeu, tendo deixado pequenos focos que estão virando labaredas sob os ventos dessa onda de prepotência que começa a ganhar vulto em terras da antiga União Soviética.

Nada garante que aquela implosão relâmpago que desfez o gigantesco bloco comunista do Velho Mundo não tenha sido apenas um macro recuo estratégico, inspirado na teoria de Lenin expressa no termo “dar um passa atrás para dar dois à frente”. Cansada de insistir na política burra de investir em massa na indústria bélica e na corrida espacial, virando as costas para o mercado capitalista, a Rússia dos herdeiros de Stalin e Lenin bem pode ter aberto suas portas ao mundo livre,seguindo o fundamento que diz “se não podes com o inimigo. Junta-te a ele até que tenhas uma estratégia que seja capaz de derrotá-lo”. Algo parecido com o que faz o tamanduá, estendendo sua língua generosamente para as formigas sugarem sua seiva, recolhendo-a depois com elas “a bordo”, para delas se alimentar.

Dentro dessa linha de raciocínio, não é descartável a ideia de que essa onda de crescimento massivo do poderio da extrema esquerda na América Latina, com clara atitude ditatorial,  em países teoricamente democráticos como a Venezuela, a Bolívia e o Equador, apoiados pelo atual governo brasileiro,tenha por detrás de si o apoio velado do remanescente ideário comunista russo, tendo como objetivo final reconstruir do lado de dá do Atlântico, ou seja, no “quintal” do arquiinimigo Estados Unidos, aquele Império gigante da opressão, que resultou desfeito do lado de lá do  mais importante oceano do Planeta. É exatamente aí que entra a importância de nossas Forças Armadas, no sentido de “cortar esse mal pela raiz”, impedindo,  à luz de sua missão constitucional, que é defender a soberania da Pátria sob ameaça de forças externas ou internas, que nosso país se transforme, por seu gigantismo e sua posição estratégica, na grande fortaleza da extrema esquerda, nessa luta crescente que se escancara aos olhos de todos, visando à  implantação de  um “Neo Império Soviético” a partir da América do Sul.

Para que não se diga que estou vendo chifres em cabeça de cavalo, recomendo a leitura da matéria a seguir, que vem a calhar com tudo o que foi colocado aqui.

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Rússia negocia presença militar na América Latina

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Ministro russo diz que objetivo é usar bases, portos e aeroportos para missões de patrulha 

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Para analista Moisés Naím, Rússia segue ainda a mentalidade da Guerra Fria
Para analista Moisés Naím, Rússia segue ainda a mentalidade da Guerra Fria

..O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, disse que seu país está pensando em expandir sua presença militar em vários países, incluindo a Venezuela, Cuba e Nicarágua, segundo informações da agência de notícias russa RIA Novosti.

De acordo com o informe da agência, Shoigu disse que a lista de lugares onde as negociações estão mais avançadas para o aumento da presença militar russa inclui Vietnã, Cingapura e Seychelles.

Shoigu disse que o objetivo russo é fazer com que suas Forças Armadas possam usar bases militares, portos e aeroportos em lugares estratégicos no mundo, para missões de patrulha internacional.

A diretora do Centro de Políticas de Defesa e Segurança do centro americano de pesquisas RAND Corporation, Olga Oliker, disse à BBC que a ideia da Rússia é expandir sua influência global.

‘Me parece interessante que entre os países mencionados estão nações na América Latina, Ásia e Oriente Médio. Isso é realmente sobre um papel mais global da Rússia, que já sabemos que ela quer ter, e não é surpreendente. Mas é uma confirmação’, diz ela.

Ucrânia

Olga concorda com a análise de Moisés Naím, do departamento de economia internacional da Carnegie Endowment for Peace, outra entidade americana de pesquisas. Naím diz que as declarações do ministro russo têm relação com o momento vivido pela Ucrânia.

— A Rússia e [o presidente Vladimir] Putin estão agindo com a mentalidade da Guerra Fria, em que cada ação da potência rival gera uma resposta parecida. No caso da Ucrânia, que estava prestes a afirmar um acordo de associação com a Europa, Putin interveio de maneira agressiva para impedir que o presidente [Victor] Yanukovych firmasse esse convênio.

Yanukovych cedeu aos pedidos russos, o que acabou levando milhares de pessoas. A crise política de três meses desencadeou a queda do presidente russo e a instalação de um governo interino.

Para Naím, Putin viu na pressão do povo nas ruas da Ucrânia uma forma de enfraquecimento do poder russo. Por isso ele estaria considerando agora estabelecer bases militares em outros países.

Confira aqui o que leu acima: Notícias R7 – Russia Negocia Presença Militar na América Latina 

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