Massucatti Neto
Quem decretou a independência? Dirão vocês em coro uníssono Dom Pedro I!
Eu direi: Mentira!
Foi sim a Sra Arquiduquesa Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda de Habsburgo-Lorena, ou simplesmente Maria Leopoldina.
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Ela, que por nome não tinha Maria em seu registro, o adotou quando de sua estadia no Brasil, quando na regencia interina do Brasil, a mesma ficou sabendo das intenções portuguesas de agir contra o Brasil. Nesse meio tempo Dom Pedro veio até São Paulo apaziguar uma possivel revolta.
Sabedoura das intenções de Portugal a Chefe de estado Maria Leopoldina, juntou com seu conselho de estado e com José Bonifácio onde deliberaram, sendo que na manhã de 02 de setembro de 1822, ela assinou o decreto de independência.
Ela envia então uma carta a seu marido onde conta a situação que se desenrolava e com duras criticas a postura do mesmo exige sua manifestação, escrevendo: “O pomo está maduro, colhe-o já, senão apodrece”. Essa carta juntamente com os documentos concernentes a independencia da nação chegam a D. Pedro I em 07 de setembro.
Enquanto ela aguardava o retorno de seu consorte, a Imperatriz idealizou a nova bandeira da nação recem nascida, em que misturou o verde da família Bragança e o amarelo ouro da família Habsburgo.
Outros autores opinam que Jean Baptiste Debret, o artista francês que desenhou o que via no Brasil dos anos 1820, foi o autor do pavilhão nacional que substituía o da vetusta corte portuguesa, símbolo da opressão do Antigo Regime.
Deve-se a Debret o projeto da bela bandeira imperial, em colaboração com José Bonifácio de Andrada e Silva, em que o retângulo verde dos Bragança representava as florestas e o losango amarelo, cor da dinastia Habsburgo-Lorena, representava o ouro.
Quem sabe D. Leopoldina tenha também colaborado?
Vocês aprenderam isso na escola? Não. O que nos era mostrado, de uma maneira fantasiosa, como em um conto de fadas, o Senhor Príncipe Dom Pedro em seu Garboso Corcel, de forma galante e majestosa levanta a espada e grita: “Independência ou morte!”. E a nossa Maria apenas seria uma coadjuvante.
Vou mais longe, a nossa heroína teria sido vitima de violência domestica, pois em carta enviada a sua irmã Maria Luisa ela conta que sofrerá maus tratos na frente daquela que seria a causa de seus infortúnios (a amante), e na versão que correu pela Europa teria sido um pontapé em sua barriga, estando ela grávida que causou o óbito. Tanto que isso dificultou o segundo casamento de D. Pedro.
Mais isso nunca ensinaram nas escolas
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