Uma das mais antigas obras mediúnicas de Chico Xavier

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Livro – 003 / Ano – 1936 / Editora – LAKE

Uma das mais antigas obras mediúnicas de Chico Xavier, por cujo intermédio falam Humberto de Campos, Augusto dos Anjos, Eça de Queiroz, Cruz e Souza, Emmanuel. O conjunto dessas páginas compõe um cântico de beleza.
A reedição do livro Palavras do Infinito encontra natural explicação no rápido escoamento que tiveram os cinco mil exemplares da publicação anterior, cujos pedidos, vindos de toda parte, denotaram o interesse dos que leem pelas coisas da espiritualidade.

Palavras do Infinito 1
Muito a animou também, concorrendo para a nova tiragem, a boa vontade do digno confrade Francisco Cândido Xavier, a cuja mediunidade e solicitude se devem estas encantadoras comunicações, enviando-nos mais crônicas, mensagens e alguns versos inéditos que tanto ilustram e exortam esta segunda edição.
Humberto de Campos, graças à infinita bondade do Criador, continua a escrever para os “que ficaram”, fazendo-o aliás com a irrecusável autoridade de repórter verdadeiro e sobretudo insuspeito para tratar de assuntos do Além, pois tivesse ele sido, na Terra, espírita praticante, não faltariam opositores fanáticos que viessem refutar os luminosos conselhos que manda às almas encarceradas sobre a “face nevoenta” do planeta com o objetivo de edificá-las para a vida eterna no apostolado do trabalho e da dor.
O humilde psicógrafo Francisco Cândido Xavier com tais produções vem, mais uma vez, firmar os foros justíssimos que goza de médium assombroso, legítimo expoente da fenomenologia espírita, vaso escolhido do Senhor para a grandiosa missão de provar, sob aspecto estritamente intelectual, a sobrevivência do ser e a imortalidade da alma humana.
E essa prova incontrastável aqui está. Contra ela pode levantar-se o “argumento dubitativo”, mas a hipótese única que a explica é a do Evangelho, pela Ressurreição de Jesus, sobre a qual se assenta todo o edifício moral, filosófico e científico do Espiritismo.
Francisco Cândido Xavier
Mais abundante, copiosa, imensa, entretanto, ela se nos depara no “Parnaso de Além- Túmulo”, onde o moço de instrução rudimentar, que vive pobre e triste na sua pequena vila de Pedro Leopoldo, sem biblioteca e sem professor, consegue captar produções de trinta e dois poetas, brasileiros e portugueses, figurando entre eles nomes gloriosos como Arthur Azevedo, Batista Cepelos, Casimiro de Abreu, Castro Alves, Emílio de Menezes, Fagundes Varela, Hermes Fontes, Olavo Bilac, Raimundo Correia, Antero de Quental, Antônio Nobre, Augusto dos Anjos, Guerra Junqueiro, João de Deus, Júlio Dinis, D.Pedro de Alcântara e tantos mais. Ler este livro surpreendente, maravilhoso e por que não dizê-lo comovedor é verificar 190 produções psicográficas de Chico Xavier, das quais 118 sonetos magistrais num total de 6.538 versos. É realmente admirável a farta messe de poesias e prosa com que o além concorre para provar aos homens que todos os poetas escritores falecidos, sem distinção, são imortais porque são todos acadêmicos do Grand Trianon, vivendo, sentindo, amando e pensando “sem miolos na cabeça…”
O que mais empolga nessas produções não é só o estilo, mas a perfeita identidade literária dos autores, estilo e identidade que se vislumbram quer na cadência do verso, quer na forma, quer na ideia ou no fundo filosófico.
João Ribeiro, citado por Manuel Quintão, “mestre que tal se fez, indene de rabularias acadêmicas”, ao referir-se ao “Parnaso” disse que o médium não atraiçoara nenhum dos poetas.
Estas considerações à guisa de apresentação do folheto já vão excedendo o limite razoável. Antes, porém, de concluir é nosso desejo agradecer a Humberto de Campos, a Humberto espírito e coração imortais, a bondade com que atendeu à solicitação que lhe fizemos para prefaciar as “Palavras do Infinito”, e o nosso agradecimento é tão mais profundo quão extraordinariamente belo e edificante é o prefácio do saudoso escritor patrício. Possam as suas crônicas e bem assim as poesias e mensagens contidas neste opúsculo tocar os corações endurecidos e levar, a quantos o lerem, o doce orvalho da Fé, abrindo-lhes o entendimento para a compreensão da imortalidade e certeza da sobrevivência.

J.B.
(São Paulo , 3 de outubro de 1936)

 

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