Aécio Cesar

 

O que é a Verdade?

 

Esta narrativa se encontra nos Evangelhos em que o Governador da Judéia, na presença de Jesus, no momento em que fora entregue para interrogatório e julgamento lhe pergunta o que é a Verdade.

Sem caracterizar-lhe o sentido amplo, preferiu o Mestre, silenciar ante a incompreensão ali manifesta. Iria compreendê-lo se falasse, por exemplo, que Ele seria a Verdade?

Pilatos 1

E, mesmo decorridos mais de dois mil anos, esta pergunta permanece como uma incógnita no coração de uma grande maioria de fieis que procuram de um jeito contrário às idealizações messiânicas, trilharem os passos de Jesus.

Mesmo com todas as oportunidades de entendimento em que se mesclam, sabedoria e amor no tempo que corre, a Humanidade se perde em devaneios íntimos que a faz vítima de si mesma.

Ainda existe muitos Pilatos na caminhada evangélica em que a Verdade permanece inserida no código religioso da massa cristã em que perdura, na sua grande maioria, a ignorância, sem nos esquecermos de que hoje, estamos cônscios das responsabilidades assumidas no dedilhar das reencarnações compulsórias.

Não somos mais aqueles indigentes espirituais da época de Jesus, o Cristo de Deus, em que, necessitados de piedade venial, demonstravam insegurança de crença.

E, na humildade que caracteriza os Arautos do Senhor, em seus últimos minutos de vida, enviou ao Criador dos Mundos a sua rogativa sublime: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”.

Na atual conjuntura do tempo e das horas, no afã de assumir a cristandade existente em cada um de nós, rebelamos ainda sobre a compilação dos ensinamentos que velam as Sagradas Escrituras.

A ignorância religiosa vilipendiou o conhecimento evangélico. Sabemos, sim, o quanto estamos errados. Mas, para que não venhamos apunhalar nosso orgulho imperioso em nós, preferimos destilar os calhaus da soberba ante àqueles sedentos de amor que necessitam do acolhimento fraterno.

Se procurarmos a reforma íntima como solução digna para os nossos achaques incontroláveis, não nos descuidemos, a priori, da Caridade em todos os momentos da nossa existência.

Não nos deixemos crucificar nossas virtudes ainda que latentes. Não venhamos coroar nossos sentimentos mais afetos com os espinhos da indigência espiritual, mesmo que, hora a hora, a nossa consciência nos desperte para a vigilância e a prece cruciais para todo o sempre.

 

Crisóstomo.

(Mensagem recebida por Aécio César no culto do lar do dia 22/03/2015 em Sete Lagoas – MG)

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