Maria Marçal
Hoje, nesse garimpo por um presente à minha mãe, reparei em duas pessoas: uma, saindo da loja com um presente enorme envolto em laço de fita igualmente gigante; a outra, levando um minúsculo vasinho de amor perfeito.
Fiquei pensando o que as respectivas mães daquelas filhas, que escolheram dar presentes ‘grandes x pequenos’, deduzirão dessas escolhas…
Imaginei, por instantes, que o presentão simbolizaria algo caro e que sua mãe poderia avaliar como sendo desnecessário que um filho gastasse tanto consigo para demonstrar-lhe o quanto a ama e, ao mesmo tempo, sublinhei sobre a possível postura da outra mãe que ganhará um vasinho de amor perfeito.
Cheguei a conclusão que àquela do presentinho é uma grande filha, porque comparou sua mãe a uma flor e a associou ao Amor Perfeito!
Embora as duas, supostamente, tenham, diferentemente avaliado o Dia das Mães, não se pode julgar, mas se abre uma porta de reflexão sobre a relação mãe/filho.
Mãe é alguém que nos ama. Ponto.
Presentinho ou presentão, por certo, para ela, nada significará se o filho não tiver a tão valorosa cumplicidade afetiva nessa relação.