Maria Marçal

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Sobre Ticiane Pinheiro (MSN Notícias): ‘Estou solteira, tenho que arranjar um gato’.
Sobre Ticiane Pinheiro (MSN Notícias): ‘Estou solteira, tenho que arranjar um gato’.

Recentemente saí de uma relação de muitos meses e, quando isso acontece para maioria de nós, parece que há uma necessidade imediata de recuar, se pôr de molho, dito popular.

Os encontros de amor que nos modificam, que criam um companheirismo na rotina diária estabelecem vínculos com nosso interior, de tal forma que, mesmo desejando respirar diferente, algo nos impossibilita.

Nuvem-Negra

As razões ainda não libertam!

O término de um relacionamento, quando sua trajetória cobriu os pés de ambos, exige respeito dos ex-amantes e esse comportamento coeso não se dá explorando mundos não-habitáveis até então.

É ímpar se acomodar num cantinho d’alma,  reaprendendo a conviver com a liberdade, descobrindo que tipo de pulsar lhe define ou fazendo uma associação mais delicada, trabalhar com os retalhos da colcha até que essa se torne inteira e bonita.

Lendo a matéria na internet sobre Ticiane Pinheiro, recém finalizando uma união estável e já à procura de outro homem, me levou a minha maneira de ver este momento: permanecer quietinha, cortando saudades, aguardando a nuvem preta se dissipar.

Acredito que se entregar a um novo relacionamento, nesse imediatismo da Ticiane, é um grande erro.

As desconstruções amorosas são tijolos destruídos por tempestades, por casas mal planejadas e não se levantam novos empreendimentos compactos reaproveitando sobras de materiais.

No meu entendimento, pessoas que sofrem ou se libertam de uma vida conjunta com alguém que amou, não devem namorar imediatamente, não podem buscar substituições nem achar quem lhe seja útil para tratar de suas feridas/decepções.

Não se pode colocar noutro indivíduo a responsabilidade de aliviar sua solidão.

Primeiro, que se espere a nuvem preta se dissipar: quietamente e no silêncio das respostas.

Dê à saudade, aos vazios da temporalidade, o obrigatório e saudável descanso.

Depois, sim, passada a ‘quarentena’, quem se sentiu mais afetado estará pronto ao novo olhar, a uma emoção diferente sob um terreno sólido, muito próximo da comparação que faço com os bem-casados, docinhos saborosos de cores distintas, que se juntam para inesquecíveis bons momentos.

Assim é a vida…

Não busque…alguém o encontra.

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