Aécio Cesar

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No contexto religioso de cada cristão no mundo, haveria certa preponderância mais acentuada quando este se encontrasse vivo depois da morte física? Os fatores nesse sentido são variados porque cada um responderá pelo que foi aprendido na religião que professava na Terra.

André Luiz notava que Cavalcante, recém-desencarnado tinha certa afeição com o Padre Hipólito crivando-o de perguntas que na sua maioria não aceitava respostas que não o satisfizesse.

No contexto religioso de cada cristão no mundo, haveria certa preponderância mais acentuada quando este se encontrasse vivo depois da morte física?

À medida que ia aclarando a sua situação no mundo dos espíritos, seu raciocínio abria novos campos ao entendimento. “Queria saber onde se localizava o Céu e o Inferno”, perguntava. Nesse sentido cada um deles está dentro de nós e nós sendo co-criadores dos pensamentos criados o materializamos à nossa volta para satisfazer as nossas inspirações e/ou vícios.

Em seguida citação da conversa dos dois acima citados, encontramos: “Pedia ao instrutor notícias dos santos pretendendo visitar aqueles a quem consagrava mais entranhada devoção”. Nesse sentido difícil encontra-los gozando tão somente de adoração nos planos espirituais como santos humanos. Na realidade aqueles que tinham um diapasão mental a respeito, se encontram em serviço nas furnas abismais recolhendo irmãos mais receptivos para a tão esperava libertação das sombras.

Em outra: “…rogava explicações referentes ao limbo.”  Estes lugares ermos, onde se ouvia apenas lamentos, desespero, dores e sofrimento realmente existiam onde para uns crentes seria o respectivo limbo, para outro o purgatório, em outro o Umbral, mas em todos esses lugares independentemente de crenças os tormentos são visíveis e audíveis.

Mais adiante encontramos: “… reclamava o encontro com parentes que o haviam precedido no túmulo”. Nesse sentido é bom esclarecer que milhares e milhares de almas retornam ao plano invisível sem se prepararem a ele condignamente. Uns se apegam aos parentes, outras nas posses e outros tantos nos dogmas da igreja que praticava. Assim, em muitos casos o socorro não vinham de parentes ou amigos conhecidos mas sim de espíritos movidos exclusivamente pelo amor ao próximo.

Em continuidade com a conversa entre os dois temos aqui: “… solicitava elucidações sobre o valor dos sacramentos da Igreja Católica, seus dogmas e teve o despautério de pedir uma audiência com Deus”. Devemos reconhecer que nenhum sacramento ou dogma dessa ou de outra religião salva e liberta qualquer fiel a não ser quando esse busque trabalho na assistência fraterna verdadeira.

E para terminar, como poderemos encontrar no livro de André Luiz “Obreiros da Vida Eterna”, pelo lápis de Chico Xavier, Cavalcante chegou ao limite das suas intenções querendo ter uma audiência com o Criador. Aqui nada poderemos ressaltar a não ser quando já estivermos libertos totalmente da matéria grosseira e livre de todo e qualquer desequilíbrio que nos prenda nos rincões de mundos de provas e expiações. Nada mais que justo, não acha, Leitor Amigo?

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