Gilberto Vieira de Sousa
A saúde mental é importantíssima em nossas vidas e ao contrário do que muitos pensam, doenças mentais não são apenas loucura. Entre as doenças e distúrbios mentais podemos citar a neurose, síndrome do pânico, transtorno de ansiedade, distúrbio bipolar do ânimo, Síndrome de Burnout, depressão, stress e fobias.
O termo “psi”, bastante utilizado pelas pessoas, muitas vezes pode ser permeado de confusão quanto aos significados, principalmente quando se referem aos profissionais ligados às áreas de psiquiatria, psicologia e psicanálise.
O psicanalista é o profissional que possui uma formação em psicanálise, método terapêutico criado pelo médico austríaco Sigmund Freud, que consiste na interpretação dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginárias de uma pessoa, baseado nas associações livres e na transferência.
O psiquiatra é um profissional da medicina que após ter concluído sua formação, opta pela especialização em psiquiatria, esta abrange estudos em neurologia, psicofarmacologia e treinamento específico para diferentes modalidades de atendimento, tendo por objetivo tratar as doenças mentais. Ele é apto a prescrever medicamentos, habilidade não designada ao psicólogo. Em alguns casos, a psicoterapia e o tratamento psiquiátrico devem ser aliados.
O psicólogo tem formação superior em psicologia, ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o comportamento humano. O psicólogo realiza psicodiagnóstico, psicoterapia, orientação, entre outras. Pode atuar no campo da psicologia clínica, escolar, social, do trabalho, entre outras.
Principalmente em adolescentes, as manifestações ditas normais podem se confundir com doenças mentais.
Em alguns casos o profissional acima apenas faz perguntas e deixa que o paciente fale sobre sua vida, seus medos, seus traumas, ou seja, muitas vezes a única coisa que se precisa é ter um canal de desabafo.
Para algumas pessoas o fato de poder manifestar seus pensamentos para um desconhecido, alguém fora da sua convivência diária já é o bastante.
Tem também quem aproveite o plano virtual para simular uma personagem que gostaria de ser na vida real, ou até quem sabe expor seu “lado B”.
A vida virtual pode ser para estas pessoas uma verdadeira armadilha, pois elas podem estar precisando de acompanhamento profissional e escondida atrás do PC ela oculta esta necessidade, por vezes agravando seu estado de saúde mental.
Outro fato que já preocupa alguns especialistas é que existem pessoas que criam seus grupos de relacionamento virtual, tornam-se populares neste meio, mas não sabem se relacionar ao vivo, no cara a cara. Esta timidez pode trazer no futuro conseqüências desastrosas, comprometendo sua carreira profissional e seus relacionamentos afetivos.
O fato de a pessoa poder montar seu site e/ou blog, transmitir suas idéias e receber comentários elogiando seus textos, por vezes substitui a necessidade de atenção que as levava a freqüentar uma religião qualquer, pois é comum encontrarmos nos meios religiosos pessoas que foram atraídas pela atenção e carinho que poderiam receber naquele meio.
Um estado de depressão também pode facilmente ser camuflado nas entranhas da WEB, onde compulsivamente a pessoa depressiva busca por diversão e atenção sem necessariamente ter que manter contato com outras pessoas.
Para Donald Woods Winnicott, cada ser humano traz um potencial inato para amadurecer, para se integrar; porém, o fato de essa tendência ser inata não garante que ela realmente vá ocorrer. Isto dependerá de um ambiente facilitador que forneça cuidados suficientemente bons.
É aqui onde pergunto se a internet é um meio suficientemente bom para despertar e amadurecer este potencial de amadurecer e se integrar.
Após ler este texto reflita sobre seu caso, se ficar em dúvida sobre sua saúde mental, não hesite, procure ajuda profissional, será bom para você e para aqueles que te rodeiam.
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