Todos os anos se iniciam com votos de uma vida melhor. É tudo sempre muito parecido: Os cartões, as simpatias, as promessas e o ânimo. Deve ser por isso que a maioria das pessoas gosta tanto de festejar o tal “Réveillon”.
Janeiro é época de começar a freqüentar um bom curso, procurar a academia, marcar exames médicos rotineiros e até mandar currículos para uma vaga de emprego.
O mais engraçado de tudo isso é que, conforme os meses vão passando, muitas dessas vontades “escapam por entre os dedos” e desaparecem. A grande maioria das pessoas esquece as promessas e adia tudo para o ano seguinte. Parece até uma lei decretada: Qualquer coisa só pode ser diferente a partir do ano que vem.
Quando você retarda uma atitude deve se perguntar imediatamente se haverá oportunidade de recomeçar mais adiante. Parece coisa de gente sistemática (e talvez seja), mas, até que o primeiro semestre chegue mais uma vez cabem sempre, no mínimo, muitas circunstâncias diferentes das que te acompanham hoje. Quando penso nisso normalmente ponho os planos em prática o mais rápido possível, deixando para o futuro apenas as idéias que terei quando chegar lá.
É claro que existem pessoas (muito raras por sinal) determinadas, cheias de foco e que quando se propõem a fazer algo vão à luta a qualquer hora e não desistem jamais. Mas, dificilmente essa realidade acontece.
Fácil mesmo é encontrar por aí alguém dizendo que já estamos em setembro e o ano já acabou. Como assim acabou?
Chamo isso de “síndrome da empolgação”. É como um namoro que começa empolgadíssimo e depois vai esfriando, esfriando e esfriando. É uma tendência humana esquisitíssima, afinal, viver o agora e ser feliz hoje me parece muito mais interessante do que fazê-lo no futuro.
Por mais otimistas que sejamos não sabemos se estaremos aqui para realizar estes sonhos daqui a algum tempo. Por via das dúvidas, é melhor correr! O meu “ano novo” eu vou fazer agora. E você?
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Gil de Marqui é jornalista e correspondente internacional do Gibanet.com
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Minha querida Gil, parabéns pelo texto, sinto orgulho de ser sua amiga e compartir de idéias semelhantes. Realmente a maioria das pessoas agem dessa maneira, tanto em suas realizações pessoais quanto em ações que envolvem outras pessoas. Esse retardamento de atitudes vem de um comodismo imenso que acaba afetando fatores muito maiores que a vida individual. Além disso, as pessoas que sempre agem dessa forma, infelizmente, são pessoas que acreditam cumprir no próximo ano e acabam não realizando. Concordo com algumas proposições colocadas acima quanto às características da atual geração, mas além disso estamos na Geração da Informação, que de formação não tem quase nada. São pessoas que acreditam ter uma grande carga de informação ( não sabendo usá-las). E pelo simples fato de “saberem muito” acreditam que realizarão na próxima tentativa. Sempre apreciei o lema de Carpe Diem – “Seize The day”. Esse foi um ótimo conselho Gil e é um ótimo passo para as pessoas que querem ser felizes.
Laysa! Uma das pessoas mais inteligentes que conheço! Também acredito que retardar atitudes interfere na sociedade como um todo. Boa observação! Obrigada pela visita amiga! Grande beeeijo!
Gostei imensamente de seu texto, querida Gil, que é muito elucidativo, levantando de forma simples o objetiva as coisas do nosso cotidiano, diretamente ligadas à forma de comportamento de cada pessoa. Vivemos a era da ganância, onde o ter se sobrepõe ao ser, sob a regência imediatista do “aqui e agora”, parecendo que estamos com os dias contados e precisamos curtir a vida de forma relâmpago, sob pena de desencarnar sem ter desfrutado das coisas boas da vida. Na verdade, sabemos que o ideal é o meio termo: nem tanto ao céu, nem tanto à terra. É claro que não somos eternos e por isso precisamos dar um sentido à nossa existência, em prazo relativamente curto. Nessa questão, você propõe uma forma de colocação muito equilibrada, fazendo desse comentário uma espécie de estrela guia dos que não entenderam ainda que ser feliz não é uma questão de fazer hoje ou amanhã aqulo que precisar ser feito, mas sim fazer bem e, preferencialmente, de forma solidária.
Um abraço
Lino Tavares, gostei muito de suas palavras, complementaram as idéias do meu texto. As pessoas estão precisando lembrar de cuidar com mais carinho dos seus pequenos e grandes sonhos. Muito obrigada! Beeeijo!
Gil, a natureza humana é realmente estranha, conforme muito bem exposto por vc, talvez tenha desaprendido a lutar, a conquistar, o bum tecnologico do final de milenio criou uma geração que vive de emoções internauticas ou televisivas, uma vida virtual, onde as glorias,decepções emoções se vivem em um apertar de botão. O vou fazer, ou a chamada decisão de final de ano, fica mais confortavel em frente a uma tela, onde me transporto para a pele do artista, as relações ficam mais seguras e comodas quando atraves da segurança e conforto da internet interajo com as pessoas….
Parabéns pelo seu texto extremamente bem exposto e redigido quiça eu fizesse algo semelhante..
beijos
Massucatti Neto, reamente o bum tecnológico nos deixou mal acostumados. É o preço que se paga por ter tudo ao alcance de um clique, vivemos sem intensidade! Obrigada pelo comentário e elogios! Beijão!!!
Parabéns Gil por seu belo texto.
Me fez lembrar de uma música do Raul Seixas em que ele diz, “Tem tantas coisas grandes para conquistar e eu não vou ficar aqui parado”
Fiquei muito feliz em ler o que você escreveu e senti novo animo para continuar minha jornada.
Quero te convidar a me acompanhar, enquanto eu trilho meu arduo caminho, você continua escrevendo estas doses de animação e força.
Beijo enorme
Adilson Viana! Uma dose de Raul Seixas por dia e estaremos mais do que inspirados para a nossa jornada!! Obrigada pela leitura, comentário e atitude! Será uma honra te acompanhar. Um beijo grande!
Isso mesmo, jogue em nossa cara que somos preguiçosos e acomodados.
Diga que somos acostumados a não fazer hoje o que podemos fazer no ano que vem.
Mas tudo bem, sei que sua intenção é ajudar.
Vou (tentar) seguir seu conselho.
Grato
Mateus
Mateus Oliveira! As intenções realmente eram boas (risos)! Espero pelo menos ter feito cócegas nos planos enterrados de todos que leram! =] Obrigada pela visita ao meu canto de broncas! Um beijão!
Temos um novo integrante no Gibanet, bem vindo Gil, rs
Bem, esse ano foi um dos mais intensos dos últimos 49 anos de existência, não tenho o que reclamar, Deus foi muito generoso comigo.
O conselho que dou é que vivam intensamente e como dizem minhas tias freiras :
Nós fazemos planos e Deus faz planaltos ! rs
Grande abraço e Feliz 2012, rs
Rose
DAS UTOPIAS
Se as coisas são inatingíveis… ora!
Não é motivo para não querê-las…
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!
Mário Quintana
Como as utopias, os sonhos e mesmo esses desejos mais pueris não são senão como a companhia das estrelas, aquelas que a gente não alcança, mas não deixa de caminhar na direção delas: a gente não para. De modo que, penso, não cabe crítica; é só seguir em frente, sempre em frente, de leve… e sonhando, desejando.
E de que viveríamos se parássemos de sonhar, desejar e seguir em frente, não é Tiago Marquesi?! =] Citar Mario Quintana foi coisa de mestre! Obrigada pela contribuição! Grande beijo!
Rose! Sou novata por aqui, obrigada pelas boas vindas! Acho que se tivermos pelo menos uma única aventura para contar aos nossos filhos e netos teremos certeza de que viver vale a pena! E como quero que a vida valha muito a pena em cada canto do mundo desejo que todos corram atrás de muitas aventuras todos os dias de suas vidas! Obrigada pelo comentário. Um beijão!
Isso também acontece na segunda-feira ( um regime, por ex ), Mas é do ser humano agir de acordo com a maioria, a propria mídia influencia muito,( tipo ano novo, vida nova) Mas ainda bem que existem jornalistas (Gil de Marqui) por ex, que nos dão a oportunidade de ler artigos que servem de “choque” tipo, acorda pra vida, que a vida é agora.
Obs: quero minha estrelinha rsrsr
beijosss
Isso mesmo Ana Neri, as segundas-feiras também são alvo de nossas desculpas esfarrapadas. Vamos botá-las pra correr! (risos). Sua estrelinha será a mais brilhante, vai dar trabalho para criá-la, portanto lhe entrego no ano que vem! hahahaha. Beijos e obrigada pela leitura e comentário!
Gil, você está repleta de razão.
Es que estou no ostracismo precisava de um gatilho que me fizesse levantar e me mexer.
O seu texto veio na hora certa, me fez acordar.
Não vou deixar mais nada para o ano que vem, meu futuro vou fazer agora.
Valew de verdade pelo grande puchão de orelhas.
Beijos
Marco Antonio
Marco Antonio, a vida é o que temos de mais magnifico, temos que aproveitar todos os instantes para fazer a diferença! Fiquei muito feliz com a sua conclusão. Vamos a luta, já! Beijos e obrigada pelo comentário!
Concordo plenamente. É fácil deixar tudo para depois, mesmo sabendo que nossa vida é curta. Você pode escolher a data de nascimento do seu filho, a melhor época para encontrar um namorado novos e etc, mas quando repara, as melhores coisas da sua vida acontecem do nada. Numa esquina, num susto, em um bar. Gi, gostei muito do texto. Essa ideia maluca sobre querer controlar o tempo foi muito bem elaborada. Quero ver os próximos textos. Beijo. Parabéns.
Verdade Vinicius, acho que se acomodar até a segunda ordem é o mais fácil a fazer, não é mesmo? Precisamos estar atentos ao tempo que passa e não volta nunca mais. Quando nos damos conta temos desculpas demais e atitudes de menos! Obrigada pela comentário. Espero sua visita mais e mais vezes. Beijos!