Carlos Lyra conviveu artisticamente, cantando, compondo e tocando, com praticamente todos os nomes famosos da música brasileira

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Lino Tavares

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Mais um expoente da música brasileira desfalca o nosso cancioneiro popular, com o falecimento do cantor e compositor Carlos Lyra, ocorrido dia 17/12/2023 (sábado) no Rio de Janeiro. “Carioca da gema”, Carlos Eduardo Lyra Barbosa nasceu no dia 11 de maio de 1933. Tomou gosto pelo violão, a partir do repouso de tratamento de um acidente sofrido na adolescência, quando recebeu o instrumento como passatempo da fase de convalescência.

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Mais um expoente da música brasileira desfalca o nosso cancioneiro popular, com o falecimento do cantor e compositor Carlos Lyra, ocorrido dia 17/12/2023...

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Seu primeiro contato no meio musical foi com o compositor Roberto Menescal no Colégio Mallet Soares, com quem fez parceria, criando a primeira Academia de Violão, assiduamente frequentada por Marcos Valle, Nara Leão e outros. Despontou entre os astros da primeira geração da bossa nova, ao lado de Ronaldo Bôscoli, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e João Gilberto.

Em 1954, Carlos Lyra compôs sua primeira canção, que batizou com o título de “Quando Chegares”. No ano seguinte, deu início à sua carreira de músico, tocando violão no conjunto Bené Nunes. Em 1957, começou a compor em parceria com Ronaldo Bôscoli e, no ano de 1958, com Geraldo Vandré. Seu primeiro disco, bossa nova, foi gravado em 1960 na gravadora Philips.

Em sua longa e profícua trajetória musical, Carlos Lyra conviveu artisticamente, cantando, compondo e tocando, com praticamente todos os nomes famosos da música brasileira, com especial ênfase aos ídolos da bossa nova, com os quais sempre sustentou parcerias notáveis.

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Teve exitosa presença nos palcos dos Estados Unidos, país onde conheceu e casou com a atriz e modelo Katherine Lee Riddell, que se radicou no Brasil, brilhando na televisão com o nome artístico de Kate Lyra. Quem não lembra do jargão “Brasileiro bonzinho”, que ela pronunciava com sotaque americanizado, humoristicamente, na TV brasileira.

Perdemos neste final de ano, portanto, uma das grandes expressões musicais que encantou o Brasil, de meados do século passado até o início deste século. Resta-nos o consolo representado pelo grande legado artístico que deixou e pela certeza de que será recebido no outro plano com a mesma fidalguia divina com que foram recebidos os outros astros brasileiros que para lá migraram espiritualmente.
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Marcha de Quarta Feira de Cinzas – Toquinho; Carlos Lyra; Tiê – Sesc Pinheiros 06.07.2015
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