Vamos combinar, virou uma palhaçada o Enem. Pelo terceiro ano consecutivo ocorreram erros. Isso é inadmissível. O MEC, mesmo com o que aconteceu em anos anteriores, não foi capaz de redobrar os cuidados com as provas. Continuam com o mesmo erro. O ditado diz que “errar é humano”, mas persistir no erro é burrice, e o Ministério da Educação continua persistindo no erro.
Eu já tinha previsto isso ainda no mês de junho no texto O MEC e os Erros, ninguém deu atenção e aí está o resultado. Agora é saber se foi apenas em Fortaleza que a prova vazou, vai saber se aqui em Santa Catarina, ou em qualquer outra cidade ou estado do país não aconteceu o mesmo.
Com que moral os estudantes irão outros anos fazer o Enem? O jeito vai ser entregar a prova em branco, pois já sabem que a prova será anulada e terão que refazê-la novamente depois. É isso que vai acontecer.
Os estudantes passam o ano todo estudando, fazendo cursinhos, se preparando para fazer uma boa prova e, quem sabe, conseguir uma vaga em uma universidade, mas aí logo depois, a mesma é anulada.
O que está fazendo ainda Fernando Haddad, o próximo ministro que merece cair, depois de três anos com um fiasco destes na educação?
Está mais que na hora do Ministério da Educação investir na fiscalização e segurança das provas do Enem, pois isso não é brincadeira. Dos resultados destas provas é que saem os futuros profissionais.
Que bom seria se tudo ocorresse normalmente, mas como a nossa educação não vem recebendo a importância que merece pelos nossos governantes, isso é o mínimo que poderia acontecer. E o que ocorre é lamentável, já que a educação é a base de toda e qualquer sociedade. É dela que sai os futuros administrados públicos, e deixando ela em segundo plano agora, no futuro com certeza não ganhará a atenção que necessita, pois os estudantes de hoje, vão querer se cobrar das deficiências que ela continha quando os mesmos eram estudantes.
José Antonio Karacek é catarinense, Deficiente Físico, Colunista, Idealizador e administrador do Blog Cotidiano Em Foco, além de ser mais um cidadão indignado com a atual política brasileira