A Advocacia Não é a OAB 3Lino Tavares

Não sou advogado. Sou jornalista diplomado. Mesmo assim, já escrevi mais de dez artigos hipotecando solidariedade aos estudantes de Direito, hoje vitimados na sua escolha profissional por esse casuísmo insconstitucional, sob todos os aspectos, chamado Exame de Ordem. É um absurdo que, entre dezenas de atividades profissionais de nível superior, apenas uma delas – a de advogado – tenha seu exercício limitado à exigência de uma entidade de classe, portanto de direito meramente privado,  consubstanciada em um teste abusivo, porque se sobrepõe aos direitos do livre exercício profissional, em total desrespeito ao ensino universitário reconhecido pelo Ministério da Educação e Cultura.
Essa cantilena de que esse “exame caça níquel” objetiva garantir ao cidadão serviço qualificado, na área da Justiça, não passa de conversa para boi dormir, porque temos hoje atuando na área da advocacia profissionais de direito que muito deixam a desejar, não obstante haverem logrado aprovação no Exame da OAB. Vários deles simplesmente não passam de analfabetos funcionais, com uma redação sofrível, em que erros de síntaxe, gramática e ortografia podem ser detectados com extrema facilidade até mesmo por um estudante de nível médio.
Fica muito difícil entender que se exija teste comprobatório de competência para exercer a advocacia neste país de leis hipócritas, que permite transformar apadrinhados políticos em juizes da Suprema Corte, sem que sejam submetidos, sequer,  a um simples exame psicotécnico, para comprovar sanidade mentall compatível com a importância do cargo. À luz dessa triste verdade, fica no ar a seguinte pergunta: o exercício da magistratura, no seu escalão mais elevado, é ou não é mais relevante do que o trabalho de um advogado, com vistas a proporcionar à cidadania uma justiça qualificada ?
Então que boagem é esse de “concurso pós-univertário “, para exercer uma atividade privada de caráter essencialmente liberal. Afinal, a Adevocacia não é a OAB. Muito pelo contrário, a Ordem dos Advogados é que é um substrato dela

 

Lino Tavares é jornalista diplomado, colunista na mídia gaúcha e catarinense, integrante da equipe de comentaristas do Portal Terceiro Tempo da Rede Bandeirantes de Televisão, além de poeta e compositor

 

Clique aqui e leia mais artigos de Lino Tavares

 

Para você configurar seu avatar com sua foto, para que esta fique visível nos comentários, siga os três passos:

1. Vá até www.gravatar.com, clique em SIGN UP.

2. Adicione o e-mail que você utiliza em seus comentários aqui.

3. Complete o cadastro.

 

10 thoughts on “A Advocacia Não é a OAB

  1. Lino Tavares says:

    Caro Gilberto
    Como autor da matéria, concordo que, como você diz, todos os cursos superiores deveriam ter um exame de avaliação. Só que o amigo não se dá donta de que esse exame já existe,nas próprias faculdades, no qual os não aprovados ficam repetindo de ano até lograrem aprovação. Ora – sejamos sensato. Se a universidade, que dispõe de todos os recursos didáticos e profissionais especializados na área do ensino, com formação pedagógica, não consegue avaliar convenientemente um alundo concludente do Curso de Direito, não seria a OAB, com gente oriunda dessas mesmas universidades, quem iria revelar capacidade de avalição, para atestar se determinado bacharel em Direito está ou não habilitado a exercer a Advocacia. Veja bem, amigo. O primeiro Exame de Ordem realizado pela OAB foi elaborado por profissionais de Direito que não precisaram se submeter a ele, para exercer a profissão. De onde saíram então esse notáveis examinadores que teoricamente estariam acima do ensino universitário. Teriam vinda de outro planeta, ou seriam imigrantes naturalizados brasileiros, oriundos dos maiores cursos de Direito do primeiro mundo? Eu não sou contra o Exame de Ordem. Apenas o considero fora de ordem, pois deveria ser aplicado na Universidade antes de o estudante universitário ser declaro BACHAREL EM DIREITO, o que, em muitos casos, pode até não corresponder ao título, mas é um diploma legal que precisa ser respeitado. Afinal, a Diplomação do Tiririca, mesmo sabendo-se que não será aprovado num teste para ser deputado, caso houvesse, tem ou não tem valor perante a lei? É só uma questão de coerência. Nada mais.

  2. GILBERTO says:

    Eu fico cada vez mais incrédulo, com as atitudes dos povos, como os valores pessoais e profissionais são avaliados das mais diferentes formas, Afinal que Democracia é ésta?, que direitos de livre arbitrio temos nós, as pessoas tem que ter a tolerância mesmo diante de uma critica que vc. julgue errada, por isso que a violencia verbal se aflora, sem que atinja seus objetivos, portanto vamos refletir. Quanto ao assunto em evidência, todos os cursos superiores deveriam ter um exame de avaliação, afinal nosso índice de Educação está cada vez pior, então é justo, que se tenha este exame, bem como prá médico, (vai mexer com vidas) Engenheiro ou Arquiteto, ( uma obra mal projetada pode significar a perda de várias vidas), Oftalmologistas, e assim por diante, quero informar que só tenho o segundo grau de estudo.

  3. Lino Tavares says:

    Obrigado, Doutror Dorival
    Mesmo que você tivesse discordado do meu ponto de vista,
    estaria enriquecendo o conteúdo desse Blog e valorizando o meu texto. É sábio o provérbio que diz: “Da discussão nasce a luz”.

  4. Dorival Pradella Jr says:

    Já li muitos artigos criticando o Exame de Ordem, mas nenhum com tanto brilhantismo e propriedade como esse. Sou médico e exerço minha profissão com dignidade, sem que o Conselho de Medicina me testasse após concluir o curso universitário. Meu irmão é formado em Direito e só conseguiu passar no Exame da OAB na terceira tentativa. O curioso é que ele só se preparou em cursinho para o primeiro exame, quando rodou pela primeira vez. Se passou depois, fica a pergunta. Como que ele pôde ser aprovado com os mesmos conhecimentos que tinha quando rodou ? Parabéns ao articulista, que foi incisivo e convincente na sua análise.

  5. Gilberto says:

    Caro advogado, tenho neste blog zelado pelo direito de opinião de todos os leitores e comentaristas, mantendo sem censura as opiniões divergentes, mesmo aquelas de que não compartilho.
    Mas, pelo bem estar de todos, tanto leitores, quanto colunistas e comentaristas, peço a gentileza de não ofender.
    Com um mínimo de cautela e inteligência conseguimos passar nosso recado sem ofender e ainda por cima, mostrando aos leitores que temos razão naquilo que falamos.
    Muito obrigado pela compreensão
    Giba

  6. Advogado says:

    Um engano muito frequente cometido por alguém que vai escrever algo, seja um livro, um artigo, é tentar parecer mais “esperto” do que é. A pessoa parece que escreve com um dicionário de sinônimos do lado ,  meu caro vc é um tremendo imbecil que se envaidece com bobagens querendo mostrar aos leitores que é muito letrado, eu penso que vc não passa de um pobre idiota!!!!
     Vc é conhecido no Brasil pelo seu nome? Pode ate ser conhecido por alguns, mas isso não tira sua fama de idiota.

  7. Lino Tavares says:

    Obrigado, amigo Gilberto, por sua reprimenda ao desbocado leitor. Mas, ao contrário do que alguns pudessem supor, eu não vou baixar o nível e responder no mesmo tom, porque na faculdade de jornalismo aprendi que as opiniões divergentes, msmo quando carregadas de termos chulos, devem ser sempre respondidas com diplomacia, porque só assim se consegue justificar o porquê de a liberdade de imprensa ser fundamental nas sociedades livres, democráticas e civilizadas. Quero, mesmo, é agradecer a enorme contribuição que esse nobre advogado acaba de dar à minha tese, frontalmente contrária à existência do Exame de Ordem. Afinal, esse cidadão foi aprovado nele, posto que é advogado, e isso atesta com eloquência a total inutilidade do “vestibular pós universitário”. Como diz o velho e sábio adágio popular, “o peixe morre pela boca

  8. Lino Tavares says:

    Em primeiro lugar, doutor advogado, nós somos bem diferentes.Eu me chamo Lino Tavares e tenho um baita orgulho do meu nome, porque é com ele que sou conhecido no Brasil inteiro, na condição de comentarista esportivo de uma das maiores redes de televisão do país. A propósito, qual é o seu nome ? Em segundo lugar, devo dizer que nunca tinha ouvido um disparate tão hilário como esse de que eu não tenho autoridade para opinar sobre o casuístico Exame de Ordem, pela singela razão de não ser advogado. Então, meu amigo, fechem-se todos os departamentos de jornalismo de todos os veículo da mídia, porque, na sua visão rasa, jornalista só deve opinar sobre jornalismo, já que, por idêntica razão, não lhe seria lícito opinar sobre economia, medicina, política, futebol e – lógico – direito. Já que o amigo defende com tanta veemência esse exame discricionário da OAB, então sugira a Ordem que capriche mais nas questões de Português, se é que existem, porque o seu texto é muito pobre. Aliás, você nem deveria ecrever aqui. Afinal, você não é jornalista, da mesma forma como eu, por não ser advogado (por opção, pois passei em ambos os vestibulares e escolhi jornalismo), não deveria, segundo você diz, opinar sobre coisas inerentres à área do direito. Tenha dó dos leitoes dese Blog e conte outra !

  9. Advogado says:

    Talvez vc não tivesse sido aprovado se a sua profissão exigisse um exame serio e para profissionais competentes como o exame de ordem. Se assim fosse alguém tão ruim como vc não estaria escrevendo tanta asneira como vc escreve. Aff

  10. Advogado says:

    Como vc mesmo falou, vc não é advogado, portanto não tem autoridade pra sair opinando sobre a questão, seus comentários sobre o exame de ordem não passam de asneiras, se coloque no seu lugar. O exame de ordem extremamente necessário, se um ex aluno não consegue ser aprovado em um simples exame de admissão como a ordem é porque não merece a profissão respeitada de advogado, no ramo jurídico não deve haver lugares para incompetentes, que esses lugares sejam ocupados por pessoas como vc que sai emitindo opiniões vãs e vagas e sem nenhum fundamento.

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.