Carlos Athanasio
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Pipocam movimentos de rua no Brasil, contra o aumento da passagem de ônibus, que começam com aglomeramento humano, faixas de protesto, palavras de ordem, bloqueio de vias públicas que migram, rapidamente, para arruaças, quebra-quebra, com danos ao patrimônio público e privado.
Quando escrevo isso, em 14/06, entre os movimentos havidos em São Paulo e Porto Alegre, somam-se mais de 300 (trezentas) pessoas presas, por conta do aumento da passagem, alguns feridos, de ambos lados (vou chamar de “manifestantes”, mas, não são) e agentes do estado.
Como está sendo feito, o ato de protesto, não interesse a ninguém, pois não prova nada, é ilegítimo, ilegal e constrange a sociedade que trabalha de dia, paga impostos e pretende dormir à noite.
Os livros de história comprovam, à mão cheia, que todo regime, dito, de esquerda, tem uma força policial forte (ou exército), regime tributário no qual sempre se paga tudo e um pouco mais, para custear a imensa máquina estatal que abastece o caixa partidário (já se fala em aumento do número de Ministérios), serviço público ineficiente, a ensejar a intervenção reiterada no mesmo, na medida em que o suserano ou a agremiação do momento são os únicos que sabem administrar, parecendo crer que o estado fora criado ontem), e, por último, que é o pior, é o estado de anarquia, com desrespeito à autoridade civil constituída, que pode ser um guarda de trânsito, um servidor de repartição ou até uma decisão judicial.
Ocorre que tais fatos, não constam, somente, dos livros de história, para educando ler antes da prova, ou para rememorar fatos.
Isto está ocorrendo no Estado e no Brasil.
Aqui, não foram, somente, os movimentos contrários ao aumento da passagem: há notícias de movimentos contra a demarcação de terras (que nunca foram ocupadas por indígenas, a não ser os indígenas importados de um município ou região para outra), e contra a violência do trânsito, em Passo Fundo, onde os manifestantes chegaram a abrir uma valeta na rua, que atravessa de um lado ao outro, pois os moradores não aguentam mais viver com a leniência estatal, quando, pela velocidade, veículos oferecem riscos à segurança.
Esse estado de situações, algumas anárquicas e outra a evidenciar que a estrutura administrativa não funciona (e ao lado do nosso Município, temos outro exemplo gritante) que é uma ponte sem cabeceiras, até hoje representa o quanto a ordem social está desfigurada.
Há ideologia e uma força por trás disso tudo, tendentes à organizar a desordem que está imperando e vai piorar com o passar dos dias.
Não é exercício de futurologia ou prática de disseminar o medo, em troca de receita por dias melhores: está tudo nos livros de história.
O anarquismo passará a ser uma constante nos nossos dias, até que alguém, não necessariamente o atual dono do poder, diga um basta!
Na democracia, é o povo, através do seu representante no parlamento, a cada quatro anos.
Mas, quando um Ministro de Estado, vem a público dizer que vai atender os anseios de arruaceiros, baderneiros, violadores da propriedade privada e pública, por conta de direitos inexistentes, pelo simples fato que há um movimento na rua, isso é perigoso e atenta à ordem.
Não se negocia com a ordem pública, diante da sua indisponibilidade.
Quando os direitos individuais sobressaem ao coletivo, há o estado unitário e sectário, que passa e existir em favor de causas particulares de quem está no poder pelo poder.
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Charge Cedida pelo site Humor Político