A Liberdade Que Assusta
A Liberdade Que Assusta

Maria Marçal

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Nesses dias de intenso calor tenho decidido buscar por lugares que tragam paz, muito embora os especialistas em assuntos d’alma digam que não existe palco mais rico que nosso interior para se deparar com esse diamante.

Tenho ido para o mar…

Próximo de Porto Alegre temos a praia de Capão da Canoa, onde está um hotel frente ao mar, longe do barulho e da aglomeração.

É lá que ponho meus pés na água…que desfruto do silêncio de meus pensamentos.. que descubro minhas intimidades.

Frente aquele oceano de sol nascente percebo e me assusto com tamanha liberdade.

A liberdade é como o amor, que se busca, busca e quando o encontramos não sabemos exatamente como nos portar, como usá-lo de forma segura, serena, evitando que fuja e desejando ardentemente que se aloje por inteiro e para sempre em nossa vida.

Complicado lidar com a liberdade plena, principalmente quando estamos livres, disponíveis ao próximo passo.

Sinto que a liberdade seria mais prazerosa se viesse com uma ponta de compromisso, de obediência a alguém, com algum roteiro…

Assim…tão desnuda, assusta. Coloca-nos no terreno da vulnerabilidade, estado emocional a um passo da carência, essa desastrosa companheira daqueles desalojados de laços afetivos.

E por me ver incitada a tais pensamentos incômodos o mar chega para apaziguar, subtrair sonhos descabidos, reencaminhando minha liberdade ou seja saindo do ‘marco zero’ para um lugar que tenha chão.
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Amanhecer cumprimentando o mar!
Amanhecer cumprimentando o mar!

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Amanhecer descobrindo o outro lado da liberdade!
Amanhecer descobrindo o outro lado da liberdade!

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E volto de lá convicta de que a liberdade precisa de companhia.
E volto de lá convicta de que a liberdade precisa de companhia.

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Maria Marçal é idealizadora e administradora do blog Maturidade

A Maturidade nos torna missioneiros da Paz no campo emocional e crítico.
Eis meu caminho e espero que me acompanhem…

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8 thoughts on “A Liberdade Que Assusta

  1. Paulo Coruja says:

    Resumindo em 3 partes:
    1) ando vivendo no limiar disto..
    2) simples e direto e com muito refinamento. A autora tem plena conhecimento do que se passa com ela e não se deixa levar por facilidades e abstrações de linguagem…
    3) pra completar, as fotos soberbas que ilustram e dão no mesmo teor do texto.

    me agradou bastante… (talvez pela empatia da minha situação)

  2. Rose says:

    Liberdade é ter respeito pelo próximo, saber que nossa liberdade termina, quando começa a liberdade de outra pessoa. Ser livre é poder dormir tranqüilo, sabendo que não prejudicamos à ninguém. Liberdade, é ter paz interior, ter a capacidade de sonhar…
    ter a capacidade de reconhecer os erros cometidos, a humildade de se desculpar. Liberdade, é viver com paz,amor,fraternidade no coração…
    abraço
    Rose*

  3. Giba says:

    Maria, o que nos move é a busca pela felicidade, o que nos freia é o medo.
    O medo é o pior dos parâmetros que nos impomos.
    Liberte-se do medo, liberte-se do preconceito e nunca de importância para o que os outros irão pensar.
    O limite é o infinito e você sabe muito bem selecionar aquilo que te faz bem ou não.
    O amor foi feito para ser desfrutado, assim como a amizade.
    Leia o seu texto, “Esperar pra que?” e siga seus próprios sábios conselhos.
    Boa sorte

  4. Lino tavares says:

    Maria, essa questão da liberdade é um dos direitos humanos mais complexos que existe. Quando pleno e sem regras, assume conotação de libertinagem. Quando limitado, ainda que por questão de zelo familiar, chega a ser chamado de prepotência. É muito difícil mensurar o tanto de liberdade que nos cabe por direito. Veja a questão do trânsito. Quando estamos dirigindo achamos que os pedestres são mal educados e não respeitam as faixas de segurança. Tão logo estacionamos o carro e saísmo a pé, atravessamos a ruas foras dessas faixas e ainda xingamos os motoristas que não reduzem a marcha para que façamos a travessia sem riscos. Mas o tipo de liberdade a que você se refere é outro. Aquele cuja limitação é estabelecida por nós e para nós mesmos. Esse é o mais difícil de ser administrados, porque envolve o nosso ego morrendo de medo de fazer ou não fazer, ir ou não ir, assumir ou não assumir. Medo de quem ? Do super ego, é claro, esse censor da mente que Freud inventou só para nos infernizar no mundo das decisões. Se quiser sentir o aroma da lierdade plena, pega o ônibus para Laguna e vem aqui no nosso Ap, onde o mar passa no fundo do quintal do condomínio e nem rua existe para atravessar nas visitas ao mar. Temos vaga para ti e uma companhia. Avisando a gente pega a visita na rodoviária de Laguna ou de Imbituba que é ainda mais perto da nossa praia (Itapirubá).

    • Maria Marçal says:

      Lino… sempre esse homem inteligente, educado, afetuoso.
      Muito obrigada pelas palavras,pelo convite e saibas que adoro vocês, essa família que tenho o prazer de ser amiga de verdade.

      beijos, Maria da Graça

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