O texto abaixo foi enviado por nosso amigo e colunista Carlos Athanásio

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Luiz Ernani Caminha Giorgis

Militar reformado do Exército

Em 13/03 no Comício da Central do Brasil, Goulart promete “revisar a Constituição”, com claro objetivo esquerdizante.

A 19/03 ocorre em S. Paulo a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, contra Jango.

A 22/03 os militares da reserva se manifestam contra as ações ilegais do Executivo.

Em 25/03 ocorre o motim dos marinheiros e fuzileiros navais apoiando Jango. Punidos, são anistiados pelo governo.

A 30/03, em reunião no Automóvel Clube, Goulart promete “reformas na lei ou na marra”.

Fica claro o objetivo golpista (fechamento do Congresso).

No mesmo dia, em MG, o gov. Magalhães Pinto decide-se pela contrarrevolução, apoiado pelos generais da área, e lança o “Manifesto de Minas”.

A 31/03 o General Olympio Mourão Filho decide movimentar suas tropas em direção ao Rio a partir de 12:30 h. Por ordens de Jango, o Gen Âncora (I Ex) lança suas forças pela Via Dutra contra as tropas do Gen Amaury Kruel (II Ex) que já havia conferenciado e rompido com Jango, e optado pela contrarrevolução.

À noite, o Gen Benjamin Galhardo é exonerado do III Ex, substituído pelo janguista Gen Ladário Telles. A 1º de abril, os comandantes do I Ex e do II Ex reúnem-se com o Gen Médici na AMAN, em Resende e concordam pela união das tropas.

O único apoio que restava a Jango era o do III Ex. Ele foi para Brasília e depois P. Alegre.

Na capital gaúcha, Ladário havia exigido que a BMRS passe ao seu comando, recebendo a negativa do gov. Meneghetti.

À 01:00 h de 2/3, com Goulart em pleno voo para P. Alegre, Auro de Moura Andrade declara vago o cargo de Presidente e assume Ranieri Mazzilli. Goulart foi deposto pelo Congresso antes que os militares o fizessem.

Para que o Legislativo usasse um subterfúgio desses era necessário que a situação estivesse muito grave.

Não foram as Reformas de Base que derrubaram Jango e sim a sanha golpista.

Chegando às 0358 h, Jango vai para a residência oficial do Cmt III Ex, na Av. Cristóvão Colombo, e vai dormir.

Às 7 h, reúne-se com Brizola e com os generais Ladário, Ottomar e Floriano da Silva Machado, Cmt da 3ª Região Militar. Ouve deste que não há condições de contar com a tropa a favor de um governo “desmoralizado” e mais o seguinte: “Presidente, por favor! Isso é uma loucura! Loucura, Ladário! O que vocês estão propondo é uma loucura! Militarmente a situação é muito grave. Faço um apelo a ti, Ladário, não podemos pensar de maneira nenhuma em guerra!” Possesso, Brizola quase se atraca com Floriano e pede a Jango que o nomeie Min. da Guerra. Queria incendiar P. Alegre. Jango conversa a sós com Floriano.

Depois desta conversa vai para o aeroporto.

Antes, teria repreendido e rompido com Brizola.

Este sai enraivecido e é vaiado por populares na rua, tendo investido contra uma pessoa, mas contido pela guarda da residência.

Goulart decola para São Borja às 1130 h onde fica até o dia 4, seguindo para o Uruguai.

Dias depois é seguido por Brizola, fardado de brigadiano.

Luiz Carlos Prestes já tinha fugido.

Estava resolvida a crise e o Brasil ficou livre do trio do mal comuno-socialista.

Deus é grande!

Jango

1 thoughts on “A crise de 31/3/64 foi resolvida em P. Alegre

  1. Joaquim Caldas says:

    Falta-nos iniciar o primeiro tiro nos ladrões.Qual é o rato que não teme Balas? Fogo!!!

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