A entrevistada da Série Personalidades é a consagrada atriz brasileira Darlene Glória, cujo nome de batismo é Helena Maria Glória Vianna, natural de São José do Calçado, Espírito Santo, Aniversaria no dia 20 de março, sendo portanto do signo de Peixes
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Entrevista exclusiva: Lino Tavares
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O Começo
Vocacionada para a arte, a atriz capixaba Darlene Glória iniciou a carreira numa emissora de rádio de Cachoeiro do Itapemirim (ES), no final da década de 1950, onde conviveu profissionalmente com Roberto Carlos, que anos depois viria a se tornar “Rei da Jovem Guarda” e um dos maiores cantores do Brasil. Tornou-se “Miss Cachoeiro do Itapemirim” em 1958, mudando-se depois para o Rio de Janeiro a fim de alavancar sua carreira artística, contando para isso com o apoio dos pais.
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Trajetória Artística
Passando por programas de calouros, conquistou seu espaço nos meios artístico como radioatriz e vedete do teatro de revista, ingressando em 1964 no mundo do cinema, cuja estreia aconteceu no filme “Um Ramo para Luiza”. Na sétima arte, Darlene Glória alcançou a consagração, vivendo o papel da prostituta Geni no premiado filme “Toda Nudez Será Castigada”com roteiro e direção de Arnaldo Jabor, recém falecido, baseado na peça teatral de Nelson Rodrigues, que ganhou Kikitos no Festival de Gramado (RS), no qual Darlene foi premiada como Melhor Atriz, tendo conquistado também a Coruja de Ouro, por seu extraordinário desempenho no mesmo papel. Na televisão, estreou em 1961 no programa jornalístico “A grande cidade”, dirigido por Carlos Alberto Lofler, na TV Rio. Em 1969, atuou com brilhantismo na novela “Véu de Noiva”, produzida por Janete Clair para a TV Globo, onde viveu outros importantes papéis em novelas como “O Bofe” e outras.
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A volta por cima
No final dos anos 70, após enfrentar um momento psicológico difícil, Darlene Glória afastou-se do meio artístico e se tornou evangélica, passando a se identificar pelo nome pastora Helena Brandão. Voltou a atuar como atriz em 1987, na novela “Carmem”, da TV Manchete, mudando-se depois para Nova York, onde produziu filmes e vídeos evangélicos. Ao retornar ao Brasil, fez aparições na TV em programas como “Você Decide” e “A Diarista”.
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O novo século
Neste novo século, a atriz voltou ao cinema em 2006, vivendo a personagem Vera no filme “Anjos do Sol”, de Rudi Lagemann. Dois anos depois, estrelou o filme de estreia de Selton Mello como diretor, intitulado “Feliz Natal”. Seu trabalho cinematográfico mais recente é a participação no filme “Beiço de Estrada”, de Eliézer Rolim, produzido em 2016 nas cidades de Cabaceiras e São João do Cariri, no sertão da Paraíba. Darlene Glória viveu nessa produção o papel de Madame Lili, uma prostituta idosa. Tais participações artísticas, realizadas com muito senso de profissionalismo, não arrefeceram a fé inquebrantável da atriz, que continua nos dias atuais sua missão cristã, colocando a obra evangelizadora acima de todos os compromissos da atividade artística que a consagrou.
Maiores detalhes sobre a carreira fantástica da atriz Darlene Glória e a trajetória que percorre no campo da fé cristã, com o nome de Pastora Helena Brandão, são encontrados no elenco de perguntas e respostas da presente entrevista, como se vê a seguir.
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Darlene Glória Responde
Você diria que já nasceu atriz ou abraçou essa
carreira por opção ?
carreira por opção ?
R- Já nasci com o dom, eu creio… Desde menina brincava de teatrinho, me fantasiava e criava até palcos no quintal da casa…
Minha mãe (uma atriz nata) passou-me o amor pela representação, quando incluía-me em suas peças teatrais natalinas ou em outras datas cristãs, na igreja Presbiteriana de São José do Calçado (E.S) onde nasci.
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Tendo iniciado como cantora em Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, você se tornou atriz algum tempo depois de se mudar para o Rio de Janeiro. A mudança na carreira foi um encontro com sua real vocação, ou ocorreu circunstancialmente?
R- Com a experiência em Rádio desde os 14 anos, aos 16 queria mais do que a ZYL-9-Rádio Cachoeiro do Itapemirim podia dar-me. Já havia participado do Concurso Miss Espírito Santo, representando Cachoeiro, e fora desclassificada em Vitória, por ser de menor idade; eu mentira… !
Na verdade fui pro Rio atrás do sonho de tornar-me uma artista… As circunstâncias eu as criei, correndo as grandes Rádios da época, inscrevendo-me em programas de calouros, e felizmente sempre tive sucesso; até que na Rádio Mauá deram-me um programa semanal chamado “Surge uma estrela” – onde cantava aos sábados à noite.
E tive a honra de viajar nos trens da Central do Brasil para cantar em circos no subúrbio, com a também iniciante Elza Soares…ela, um fenômeno!
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Ingressando na carreira artística numa época em que essa atividade ainda sofria algum tipo de preconceito, você teve o apoio de seus pais nessa escolha?
Ingressando na carreira artística numa época em que essa atividade ainda sofria algum tipo de preconceito, você teve o apoio de seus pais nessa escolha?
R- Tive o total incentivo da minha mãezinha. Ela acompanhou-me ao Rio e providenciou com meu pai a mudança da família para a Cidade Maravilhosa, em apoio à minha carreira… Meu pai relutou, mas depois se rendeu e foi um ombro amigo sempre!
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Alguma celebridade nacional ou internacional dos meios artísticos a influenciou no sentido de ingressar na carreira de atriz?
Alguma celebridade nacional ou internacional dos meios artísticos a influenciou no sentido de ingressar na carreira de atriz?
R- Como disse, já nasci assim… mas é claro que o brilho de alguns astros e estrelas que admiramos sempre nos emulam a seguir em frente e a acreditar que podemos brilhar também!
Observo que quando estreei em Cinema, anos depois, ela deu-se em dois filmes italianos de Máximo Alviani: “Tom of the Livings” e “O Diabo chorou” e estes com o ator americano de aventuras, Bruce Cabot. Luis Sérgio Persosn era assistente do Máximo e convidou-me para fazer São Paulo S.A. Então… minha estreia no Cinema foi antes, internacional…
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Depois de representar cenas arrojadas para os padrões da época em filmes como “Toda Nudez Será Castigada”, “Os Paqueras”, “Viúva Virgem”, “Os devassos”, “Eu transo, Ela Transa” e outros, você passou por um período de depressão no final dos anos 70, ingressando nos meios evangélicos. Esse abalo psicológico e a opção religiosa têm a ver com esses trabalhos artísticos ou ocorreram por outros motivos?
Depois de representar cenas arrojadas para os padrões da época em filmes como “Toda Nudez Será Castigada”, “Os Paqueras”, “Viúva Virgem”, “Os devassos”, “Eu transo, Ela Transa” e outros, você passou por um período de depressão no final dos anos 70, ingressando nos meios evangélicos. Esse abalo psicológico e a opção religiosa têm a ver com esses trabalhos artísticos ou ocorreram por outros motivos?
R- Uma pergunta excelente… Foi tipo assim – vim, vi e venci! Mas no meio do percurso, à medida que alcançava meus objetivos , subindo a escada do sucesso, deparei-me com minha humanidade, meus medos e o terror de no final da escalada não saber o que me sobraria?
(Alguns colegas diziam-me soturnamente que só há queda escada abaixo; nossa geração era muito insegura; não tínhamos Sindicato e nem contratos com TVs poderosas, porque estavam no embrião – então…).
Uma soma de sofrimento, perguntas sem resposta, vazio interior, medo da morte e eternidade levaram-me ao álcool e drogas e, nesse abismo, iniciei um sincero tour por religiões orientais e afro-brasileiras, mas em nenhuma delas achei solução pra meu desespero interior; então… eis que surge meu Salvador nas minhas trevas…
Minha vida se define A/C e D/C – mas esta mudança interior, meu big-bam se deu numa organização religiosa evangélica sim, mas espiritualmente foi com a
pessoa do Senhor Jesus Cristo. E Ele mudou tudo!!!
pessoa do Senhor Jesus Cristo. E Ele mudou tudo!!!
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Como você analisa sua atuação religiosa com o nome de Pastora Helena Brandão e seu trabalho cinematográfico em Nova York, produzindo filmes e vídeos evangélicos?
Como você analisa sua atuação religiosa com o nome de Pastora Helena Brandão e seu trabalho cinematográfico em Nova York, produzindo filmes e vídeos evangélicos?
R- Ser pastora (biblicamente falando) – é um Ministério exclusivo para homens e não mulheres! … sempre concordei e continuo pensando do mesmo modo. As mulheres podem exercer seus dons numa Comunidade Cristã, menos pastorear! … está escrito na Bíblia…
Helena Glória é meu nome de batismo e, depois de 1 ano convertida a Cristo, casei-me a primeira e última vez em minha vida, adotando o sobrenome Brandão, do meu marido. Nunca fui pastora na vida mas, como esposa de um pastor, eu o auxiliava como adjutora, realizando palestras e Campanhas evangelísticas pelo Brasil e mundo.
Sem nenhuma vaidade, informo que minha conversão abalou meu país, tanto nos meios seculares como no cristão (na época, ser crente em Cristo era considerado coisa de pobre da periferia) – e este acontecimento foi um sopro de avivamento que levava muitos dos líderes evangélicos convidar-me a compartilhar minha experiência com Jesus. … e eu aceitava com muita honra! Quanto aos vídeos que realizei nos EEUU foram muito pouco, nem um terço do que gostaria…
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Considerando o fato de possuir experiência como cantora, você atua ou já atuou como intérprete da música gospel nos meios evangélicos?
Considerando o fato de possuir experiência como cantora, você atua ou já atuou como intérprete da música gospel nos meios evangélicos?
R- Na verdade toda minha experiência, meus talentos, coloquei a serviço do que Deus entendesse fazer com eles…Gravei muitos discos com hinos ( alguns até que compunha) – e nos eventos que participava, sem pose de cantora mas de louvadora – adoradora, repassava esse material numa venda simbólica, doando quase tudo; e graças a Deus escapei por graça desse comércio maligno da música gospel…
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Quando estreou na televisão, você sentiu alguma dificuldade em adaptar-se à nova sistemática de trabalho ou tirou de letra essa nova experiência na arte de representar?
Quando estreou na televisão, você sentiu alguma dificuldade em adaptar-se à nova sistemática de trabalho ou tirou de letra essa nova experiência na arte de representar?
R- Estreei na TV Rio em 1961 no programa jornalístico dirigido por Carlos Alberto Lofler – A Grande Cidade. Depois fui a garota ODD no programa de Paulo Gracindo na mesma emissora e assim vieram os musicais (Praça 11 ) – e humorísticos , novela na Tv Rio como protagonista de “O porto dos sete destinos” e aí então migrei pra TV Globo, inaugurando a emissora e como âncora de programinhas (ainda não faziam novelas)- estrelei musicais com Miele e Bôscoli (Alô Dolly) e somente depois de um tempo fazendo cinema chamaram-me pra fazer a Leda de Véu de Noiva. Ufa!...
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Entre os diversos personagens que viveu no cinema e na televisão, quais os que mais marcaram em sua carreira?
Entre os diversos personagens que viveu no cinema e na televisão, quais os que mais marcaram em sua carreira?
R- Não tenho muita noção de algum papel em particular… todo trabalho que fazia dava o meu melhor e sempre fui reconhecida, mas… convenhamos que o filme do Jabor e a Geni do Nelson Rodrigues em “Toda Nudez será castigada” – foi o coroamento de um sonho de reconhecimento do talento que desde sempre almejava ser reconhecido; não de uma mulher bonita ou atriz generosa, mas uma personagem gratificaria meu talento. Sou grata por isso!!!
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Tendo vivido o auge da carreira durante o “Regime Militar”, você acredita que a censura da época prejudicou de alguma forma o desenvolvimento do cinema nacional, ou tem outra visão em relação isso, até porque foi naquele período de governo que se criou no país a Embrafilme?
Tendo vivido o auge da carreira durante o “Regime Militar”, você acredita que a censura da época prejudicou de alguma forma o desenvolvimento do cinema nacional, ou tem outra visão em relação isso, até porque foi naquele período de governo que se criou no país a Embrafilme?
R- O Regime Militar proporcionou um ressurgimento do Teatro, Cinema e da música popular brasileira.
Emergiram os talentos musicais nos festivais da Record – o Teatro de protesto no Rio e Sampa e os novos diretores do Cinema Novo como Glauber, Jabor, etc etc etc. Foi produtivo esse tempo e dele lembro-me sem dor.
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Você acredita que houve algum progresso significativo na dramaturgia brasileira, a partir da abertura política pós “Regime Militar”?
Você acredita que houve algum progresso significativo na dramaturgia brasileira, a partir da abertura política pós “Regime Militar”?
R- O artista precisa ser emulado pra criar – como dizia meu amigo querido Glauber Rocha, “uma câmera na mão, uma ideia na cabeça” – mas então parece que, após a Abertura, os criadores de arte ficaram cataléticos sem ideias, como se um zumbi houvesse lhes sugado os cérebros e por um tempo no cinema nada aconteceu senão obras sem expressão como o surgimento dos filmes eróticos. Um recomeço sofrido!
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As pessoas públicas, como sabemos, são alvo de “diz que me disse”, tanto na mídia como nas redes sociais. Como você lida com esse tipo de coisa?
As pessoas públicas, como sabemos, são alvo de “diz que me disse”, tanto na mídia como nas redes sociais. Como você lida com esse tipo de coisa?
R- Quando se está em evidência , paga-se o preço da invasão da sua privacidade, porém você é esquecido (a) rapidinho pelo público consumidor – principalmente nesses tempos contemporâneos do consumismo rápido e rasteiro.
Os artistas da minha geração, os fora da mídia como eu são lembrados pelos saudosistas, fãs fiéis por nossa atuação passada – e eu sou muito grata a todos eles. Poder andar livremente sem assédios, ir sem maquilagem e de moleton ao supermercado, não tem preço. A idade derruba vaidades, traz a sabedoria de viver…
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No seu ponto de vista, o que é mais gratificante para um ator, dirigir ou representar ?
No seu ponto de vista, o que é mais gratificante para um ator, dirigir ou representar ?
R- No meu caso, representar, lógico; mas dirigir um pouco, ser diretor é uma delicia! Principalmente quando estamos afinados no mesmo propósito, com humildade e sem frescuras!
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Você curte o assédio dos fãs em locais públicos, ou prefere não se expor muito para evitar a tietagem dos pedidos de autógrafo?
Você curte o assédio dos fãs em locais públicos, ou prefere não se expor muito para evitar a tietagem dos pedidos de autógrafo?
R- Olha… conseguir o anonimato não tem preço… Quando se é jovem e brigando pela carreira e um “lugar ao sol” – o que mais se quer é a exposição – porém poder andar livremente sem estar”montada” todo o tempo é sensacional; mas estou voluntariamente fora da mídia há muitos anos e ainda me surpreendo com os velhos e jovens fãs, que geralmente são estudantes de cinema.
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O cinema brasileiro nunca ganhou um Oscar. Classifica isso como uma injustiça ou falta de amadurecimento de nosso cinema?
O cinema brasileiro nunca ganhou um Oscar. Classifica isso como uma injustiça ou falta de amadurecimento de nosso cinema?
R- De jeito nenhum… Mas já tivemos uma boa representatividade naquela festa e, pelo “andar da carruagem”, qualquer hora emplacamos, porque nossos diretores estão bastante amadurecidos e conhecendo melhor esse mercado poderoso.
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Entre as conquistas alcançadas na carreira, qual a que você elegeria como a mais significativa?
Entre as conquistas alcançadas na carreira, qual a que você elegeria como a mais significativa?
R- Valorizo todos os meu trabalhos realizados – desde o primeiro programa na Rádio ZYL 9 em Cachoeiro do Itapemirim ( ao lado do Roberto Carlos e ambos adolescentes) – até o penúltimo que realizei; porque cada um deles somava como experiência e afirmação do meu objetivo de reconhecimento. … e o coroamento de todos sem dúvida foi o filme “Toda Nudez Será Castigada”, que me deu a glória esperada.
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Quem imita quem. A arte imita a vida ou a vida imita a arte?
Quem imita quem. A arte imita a vida ou a vida imita a arte?
R- A arte imita a vida porque sem vida não existiria a arte… – eu penso.
Como profissional do ramo, você acredita que o Ministério da Cultura apoia como convém o desenvolvimento das artes cênicas no Brasil?
R- Ups… agora pegou! Falar a verdade atrai inimigos e nesse caso já batalhei bastante por uma mudança nos apadrinhamentos políticos que envergonharam a verdadeira expressão cultural do país!… e parece que alguma coisa está mudando, felizmente. Vamos ver… nunca se sabe…
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Diria que a carreira de ator, num país como o Brasil, compensa financeiramente ou vale mais pelo que significa como realização pessoal?
R- Essa pergunta não é simples de responder, porque tem muitas variantes, porque existem os artistas antigos e os novos; e financeiramente ouso dizer que a nova geração é mais afortunada nesse sentido que os artistas mais velhos.
Muitos atores e atrizes da velha guarda estão ricos, porque perseveraram e na TV tiveram seus talentos valorizados, felizmente – e também canalizaram o sucesso da TV para faturar com o Teatro.
No meu caso porém, nunca me enriqueci com a arte: saí de cena no auge da fama, no momento em que começaria a faturar , para viver uma nova vida com Deus, reaprender a viver! … mas a arte em certo sentido deu-me um sentimento de realização sim!
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Como está sua realidade artística e religiosa na atualidade?
R- Não corro e não tenho pressa… não vou com sede ao pote: examino tudo e faço o que me agrada… Vivo a “liberdade” que minha fé me leva! Vou quando sinto que devo, seja jurada de Festival de Cinema ou Teatro; uma participação num programa de TV ou em algum filme – meu elemento!
Ano passado fui a João Pessoa e filmei com o diretor Eliézer Rolim, no Cariri no sertão nordestino, uma nordestina! Representar Mme Lili, aquela mulher simples e tão diferente de tudo que já fiz, foi um desafio glorioso… o ápice, uma glória! …
Quanto à minha vida religiosa, apesar de respeitar e ter comunhão com os verdadeiros cristãos, seja de qual denominação cristã for, não me aprisiono mais numa placa evangélica, pois tenho sim uma fé viva em Jesus Cristo, o qual salvou-me de mim mesma, do Inferno e da morte eterna no dia 26 de Agosto de 1974 – e desde então caminho com Ele, andando, tropeçando e sendo levantada por Ele, que nunca me abandona! E essa fé em Seu amor e Graça, vou vivendo! é fabuloso, é vital, é a glória eterna viver assim…
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Bate-Bola com Darnele Glória
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Amigo (a) do peito? Jesus… esse é o nº 1 ! Os outros e mais recentes são pouquíssimos e nomeá-los é indelicado! …
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Eterna lembrança? Minha conversão à Cristo em 74.
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Gratidão eterna?Aos amigos das horas incertas…
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Momento inesquecível? 26 de Agosto de 1974 o dia da minha conversão à Cristo…
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Gostaria de esquecer?O dia em que meu marido se foi…
Gostaria de esquecer?O dia em que meu marido se foi…
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Sonho realizado? Ser mãe…
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Sonho a realizar? Não posso dizer…
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Decepção?Ser traída!
Decepção?Ser traída!
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Surpresa boa? Quando os filhos sobem a serra pra ver-me.
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Superstição? Nenhuma… graças a Deus!
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Deus ?Senhor de tudo e de todos… meu Amor, meu tudo.
Deus ?Senhor de tudo e de todos… meu Amor, meu tudo.
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Religião ? Não a manipulada por homens, mas a fé viva em Cristo que nos salva!
Religião ? Não a manipulada por homens, mas a fé viva em Cristo que nos salva!
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Cor preferida? Verde.
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Número de sorte? Não tenho…
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Livro? Bíblia Sagrada
Livro? Bíblia Sagrada
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Filme? Filmes… os de época, todos da BBC e Bagda Café.
Filme? Filmes… os de época, todos da BBC e Bagda Café.
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Prato preferido? Moqueca Capixaba
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Principal Hobby? Pintura
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Time do coração ? Flamengo
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Personagem nacional? Cora Coralina
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Personagem internacional? Martin Luther King
Personagem internacional? Martin Luther King
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Ator ou atriz nacional? Lima Duarte
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Ator ou atriz internacional? Gena Rolland
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Cantor(a)?Feliciano Amaral
Cantor(a)?Feliciano Amaral
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Quem é Darlene Glória? Deus é quem sabe!!!
Quem é Darlene Glória? Deus é quem sabe!!!
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Projetos? Aprender a ter” um coração sábio” .
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Considerações finais
Faço minhas as palavras do Apóstolo Paulo: ” Quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Senhor”. É isso…
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Contatos e Redes Sociais
E-mail: <darlenegloriatriz@gmail.com>
Facebook Oficial
Vídeos com Darlene Glória
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Darlene Gloria – Clipe Toda Nudez Será Castigada
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Cena Darlene Gloria Toda Nudez Será Castigada
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Realizado por Keyla Fogaça – Darlene Gloria – Clipe Feliz Natal
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Darlene Glória – 1977 – Programa Fantástico
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Premiação Darlene Gloria
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