Foi fortíssimo e respeitado líder estudantil em São Paulo de 1968, onde comandava o movimento que mais incomodava as autoridades públicas.
Chegou num ponto, em que a movimentação estudantil já não bastava para ele. Queria mais mudanças no Brasil da ditadura. Era inflexível com as ordens que dava. Nunca recuou nos conflitos de rua ou no que pensava.
Preso, José Dirceu foi trocado pelo embaixador americano que havia sido sequestrado no Rio de Janeiro.
Isso ocorreu, porque os manifestantes políticos ligados a vários movimentos, começaram a ter uma cartilha de combate na cidade e no campo, vendo nos assaltos a bancos e sequestros uma forma legítima e legal de manterem o movimento de resistência ao regime que diziam estavam submetidos.
Em Porto Alegre, já nos idos dos anos 70, houve uma tentativa de sequestro, também, de um embaixador americano. Mas, o que não esperavam, na época, os militantes, é que o anfitrião do jantar, em que estava aquela autoridade estrangeira, andava sempre armado e atirava muito bem.
Escorado num dos pilares do edifício da rua Ramiro Barcelos, esquina com avenida Independência, o anfitrião sentido que haveria a ação criminosa, reagiu. Atirou e feriu dois que caíram ao chão e recebeu um disparo de raspão no braço; por sorte, era homem forte, cirurgião médico e o tiro recebido fora arma de calibre pequeno. Os que ficaram no chão foram presos em seguida e o embaixador salvo.
Mas, voltando ao José que teve tantos nomes e apelidos, já em Cuba, conviveu com os Irmãos Fidel e Ernesto, o chamado Guevara, onde recebeu pesado treinamento militar.
Não pensem que foi um estágio para visitante em passeio na Ilha. Não. O “laço comeu” em mais de uma vez. Final de semana, os estagiários tinham folga.
De todos os que lá estavam, era o mais bem relacionado e tinha regalias que foram conseguidas na base da conversa boa e da cara de galã que sempre o acompanhou.
Rum de primeira, bons charutos, trajes de linho e companhias influentes que faziam-no ser diferente; aliás, como sempre. A pessoa que hoje usa o nome de José Dirceu, sempre fora alguém diferenciado.
Volta ao Brasil, por uns tempos, retorna a Cuba e finalmente, e em definitivo, fica no Brasil, reiniciando intensa atividade política que o levou, por promessa que fizera a sua mãe, a chegar muito próximo da Presidência da República.
Ao invés de comandar uma coluna de carros de combate, disse que iria comandar uma coluna de carros oficiais. E conseguiu tudo na vida.
Esse é um nome que a história do Brasil deve marcar, pela tenacidade que tem. Deu sustentação às campanhas do Lulla, garantiu, com seu nome, a governabilidade do factoide e levou um partido, onde nenhum outro chegou. Não tiveram limites, em valores, aspirações, destinos, uso da máquina pública e privada (vários bancos e empreiteiras), conspurcaram o sistema político e público do Brasil, conforme o interesse deles.
Afirmo a vocês que Lulla, foi carregado por ele nas costas, até porque, para fazer o que fez, precisa de horizontes amplos!
Pitangueira não dá jaca, nem na China!
Final da narrativa; tal e igual a Collor, ele voltará à cena pública. Lembrem que ele esteve em combate!
Antes que perguntem, qual dos dois é melhor? O Zé! Ele vai voltar, com certeza absoluta, com mais poder e mais influência que já teve.
Como sei disso? Pela história de vida dele. Indicar ministro do supremo, construir bases de sustentação para governos (Lulla e Dilma), como está afirmado em livro, foi fichinha.