Merenda ou Computador? 3Nelson Valente

Há pessoas que entendem, de modo equivocado, que na educação brasileira é preciso escolher entre merenda e computador. Considero isso uma simplificação exagerada.

O que os nossos educadores defendem é a existência de uma ampla alimentação escolar, oferecida a todas as crianças carentes, ao lado de uma oferta de acesso a modernas tecnologias, de que o computador é a maior expressão. Só assim será possível melhorar a qualidade de ensino.

Não podemos oferecer às nossas crianças uma educação de segunda categoria, com o binômio ensino/aprendizagem circunscrito ao quadro negro (quando esse existe) ou aos poucos livros didáticos oferecidos às crianças carentes pelo programa FAE/MEC.

Os alunos carentes da rede pública devem ter acesso aos bens culturais, para que não se formem com esse abismo. Não há dúvida de que a valorização da nossa cultura passa necessariamente pelo processo de ler mais.

Voltando ao nosso tema, é preciso reiterar que a merenda é essencial. Mas isso não deve impedir que se deseje igualmente o acesso ao computador, um símbolo da educação do futuro.

 

Nelson Valente é professor universitário, jornalista, escritor e amigo inestimável

 

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3 thoughts on “Merenda ou Computador?

  1. Dú Pirollo says:

    Meu caro amigo Giba, boa noite!!!
    Concordo com o amigo Nelson Valente, excelente matéria!
    Precisamos das duas coisas, o ensino não pode se privar de nenhuma das duas, pois são de grande importância para desenvolvimento dos alunos mais carentes… são duas coisas bem distintas, mais cada uma com sua indispensável necessidade.
    Parabéns pela excelente postagem!!!
    Grande abraço e muita paz, meu amigo!!!

  2. Victinho says:

    Não devia ter escolhas, a educação deveria ser prioridade para o governo. Infelizmente a realidade é bem diferente.
    Excelente post,
    abraços,
    Vitor.

  3. Rose says:

    É, O computador tem provocado uma revolução na educação por causa de sua capacidade de "ensinar.
    Mas o computador pode realmente provocar uma mudança no paradigma pedagógico e pôr em risco a sobrevivência profissional daqueles que concebem a educação como uma simples operação de transferência de conhecimentos do mestre para o aluno.
    Se as escolas não tem carteiras, giz nem merenda escolar e o professor ganha uma miséria, como falar em computador?
    Boa matéria, abraços aos dois, rs
    Rose*

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