Sábio é o provérbio que diz “não há bem que sempre dure, nem há mal que não acabe”. Aos poucos as pontas do enorme icebeg de corrupção, que flutua há uma década no mar de lama da era petista no poder,  vão aparecendo aos olhos da opinião pública, graças ao que restou de funcionários honrados nos diversos escalões de carreira da máquina estatal. Já não era sem tempo que a Receita Federal, fiel guardiã do erário, colocasse em prática seus mecanismos de fiscalização no sentido de investigar, como convém, o enriquecimento ilícito de maus administradores públicos que passaram pelas esferas do poder, valendo-se de seus cargos para desviar somas fantásticas do dinheiro público e construir patrimônios bilionários para si e para seus familiares e apaniguados.
       Lulinha, esse personagem que se transformou, da noite para o dia,  de simples funcionário de um zoológico em “bem sucedido” empresário, precisa ter seu patrimônio rigorosamente vasculhado pelas autoridades fazendárias, para que esse rumoroso caso, que figurou na mais importante revista do país,   não entre para a história como a comprovação indesmentível de que assaltar os cofres do tesouro só é considerado crime de lesa-pátria para os que estão fora do poder e sem vínculos de natureza familiar, , política ou ideológica com aqueles que o  exercem, por delegação do povo teoricamente expressa através das urnas.
        No texto a seguir, veicula-se importante matéria sobre o tema.
Lino Tavares
O Lado Sadio da Máquina Estatal
O Lado Sadio da Máquina Estatal

Dilma teme surpresas com investigação de servidores da Receita sobre o patrimônio do filho de Lula

Edição do Alerta Total 
Exclusivo – Embora assuma o discurso globalitário do “combate à corrupção”, a Presidenta Dilma Rousseff anda hiperpreocupada com o risco de “rebeldia” entre servidores do alto escalão da Receita Federal. Dilma recebeu preocupantes informações de que alguns funcionários de carreira órgão, à revelia do governo, promovem um acompanhamento pente fino da veloz evolução patrimonial do empresário Fábio Luis da Silva – filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que a mídia chama popular e pejorativamente de “Lulinha” (apelido que Fábio nunca usa na vida pessoal).

Lula já teria pedido a Dilma para interceder no caso. Ela já avisou que nada pode fazer. O ex-presidente tentou, inclusive, contatos com a cúpula da Super Receita. Recebeu a mesma mensagem de que nada pode ser feito. Foi-lhe lembrado que o acompanhamento patrimonial dos contribuintes, dentro da lei e respeitando sigilos, é um dever funcional dos servidores concursados da Receita. Lula teme que vazem informações também eventuais sobre seu patrimônio pessoal. E como sabe muito bem que o “movimento de combate à corrupção” é uma ordem de fora para dentro do Brasil, se apavora com o risco de retaliações promovidas por inimigos ligados à oposição.

Além do medo de “surpresas desagradáveis” com servidores sérios e independentes da Super Receita, Dilma encara outra guerra institucional. A Presidenta e seus ministros são cada dia mais mal vistos pelo Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal – integrado por sete entidades de procuradores da Fazenda, Previdência Social, do Banco Central e de procuradores lotados em autarquias e ministérios. A entidade enxerga uma intenção do governo em submeter às vontades de militantes petistas todos os setores jurídicos da área federal.

O primeiro alvo do aparelhamento petista é a Advocacia-Geral da União. Luís Inácio Adams, chefe do órgão, elaborou um projeto de lei complementar que prevê a nomeação, como advogados federais, de pessoas de fora da carreira e sem concurso. O projeto de Adams considera “infração funcional o parecer do advogado público que contrariar as ordens de seus superiores hierárquicos”. O Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal define o plano como “um atentado ao Estado Democrático de Direito e põe em risco a existência da própria AGU”.

Luis Inácio Adams é mais um do governo Dilma na corda bamba. Cotado para assumir a Casa Civil do Palácio do Planalto na próxima e urgente reforma ministerial que Dilma Rousseff promoverá no começo do ano, agora tem tudo para não emplacar no cargo. Também pode ver naufragar seu objetivo maior de ser indicado para o Supremo Tribunal Federal, tal qual seu antecessor José Dias Toffoli.

Alvos de processos pesados, como o do Mensalão e seus desdobramentos, os petistas definiram como prioridade o “aparelhamento” da máquina Judiciária. Além de indicar ministros aliados para o Supremo Tribunal Federal e para o Superior Tribunal de Justiça, o partido também quer ter um controle maior sobre a Advocacia Geral de União, para impedir que o órgão não crie problemas para os negócios feitos entre a União os empresários parceiros.

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