O “método”, Paulo Freire publicado, em seu livro “Pedagogia do Oprimido”, pretendia ser a apresentação e defesa do tal “método”

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Nelson Valente

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A “Pedagogia do Oprimido”. As escolas brasileiras têm um punhado de papéis reunidos sob o nome de “proposta político pedagógica” – (P.P.P), seja lá o que isso queira dizer: começa com uma frase do Paulo Freire e termina citando Rubem Alves.

Na esteira do “método”, Paulo Freire publicado, em 1968, no exílio chileno, seu livro “Pedagogia do Oprimido”, que pretendia ser a apresentação e defesa do “método”. Novo escândalo laudatório da esquerda: o livro foi apresentado como grandiosa obra pedagógica e literária, e traduzido para algumas línguas, para deleite dos marxistas brasileiros. Até hoje é elogiado pelas esquerdas, que em geral, como costuma acontecer, não leram o livro.

A “Pedagogia do Oprimido”. As escolas brasileiras têm um punhado de papéis reunidos sob o nome de “proposta político pedagógica” - (P.P.P), seja lá o que...
Paulo Reglus Neves Freire, autor da Pedagogia do Oprimido

Paulo Freire desenvolveu um método de alfabetização baseado nas experiências de vida das pessoas. Em vez de buscar a alfabetização por meio de cartilhas e ensinar, por exemplo, “o boi baba” e “vovó viu a uva”, ele trabalhava as chamadas “palavras geradoras” a partir da realidade do cidadão. Por exemplo, um trabalhador de fábrica podia aprender “tijolo”, “cimento”, um agricultor aprenderia “cana”, “enxada”, “terra”, “colheita” etc.

A partir da decodificação fonética dessas palavras, ia se construindo novas palavras e ampliando o repertório. Paulo Freire defendia um conceito de alfabetização para além da decodificação dos códigos linguísticos, ou seja, não basta apenas saber ler e escrever, mas fazer uso social e político desse conhecimento na vida cotidiana.

O método Paulo Freire é dividido em três etapas. Na etapa de Investigação, aluno e professor buscam, no universo vocabular do aluno e da sociedade onde ele vive, as palavras e temas centrais de sua biografia.

Na segunda etapa, a de tematização, eles codificam e decodificam esses temas, buscando o seu significado social, tomando assim consciência do mundo vivido.

E no final, a etapa de problematização, aluno e professor buscam superar uma primeira visão mágica por uma visão crítica do mundo, partindo para a transformação do contexto vivido.

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O método Paulo Freire estimula a alfabetização dos adultos mediante a discussão de suas experiências de vida

O método Paulo Freire estimula a alfabetização dos adultos mediante a discussão de suas experiências de vida entre si, através de palavras presentes na realidade dos alunos, que são decodificadas para a aquisição da palavra escrita e da compreensão do mundo.

Se o leitor dispuser de tempo, paciência e estômago para ler esta publicação, vai encontrar ali não um tratado de pedagogia, mas uma pregação da luta de classes, escrito em português medíocre, ou pior que isso.

Não encontrará uma citação de um grande educador no plano mundial, como Piaget ou Maria Montessori. Nem mesmo uma menção a um educador brasileiro, como Anísio Teixeira, e muito menos a Frank Laubach, a quem, no fundo, Freire deve sua fama.

A experiência, inédita no Brasil, tinha uma meta ousada: alfabetizar adultos em 40 horas. Mas não era só isso. Paulo Freire pretendia despertar o ser político que deve ser sujeito de direito. “A palavra ‘tijolo’ fez parte do universo vocabular trabalhado em Angicos. Era uma palavra que fazia parte do cotidiano dessas pessoas. Mas não era só ensinar a escrever tijolo, tinha também a questão social e política. Era questionado: você trabalha na construção de casas, mas você tem uma casa própria? Por que não tem? Levava o cidadão a pensar nessas questões.

A “Pedagogia do Oprimido”. As escolas brasileiras têm um punhado de papéis reunidos sob o nome de “proposta político pedagógica” - (P.P.P), seja lá o que...
Capa do Livro – Pedagogia do oprimido (Edição especial) – Editora Paz & Terra

O método Paulo Freire estimula a alfabetização dos adultos mediante a discussão de suas experiências de vida entre si, através de palavras presentes na realidade dos alunos, que são decodificadas para a aquisição da palavra escrita e da compreensão do mundo.

Para Freire, todos somos opressores ou oprimidos, sendo inclusive a família um ambiente onde pais oprimem filhos. Nada melhor, subentende-se, que trocar família por Estado. Como fica toda essa história de Paulo Freire? — perguntará o leitor. Tal como está — é a resposta. A esquerda continuará a acreditar que ele foi genial educador. Quem tem seu discernimento perceberá que não passa de uma fraude. Doutor honoris causa em 35 organismos internacionais! — bradará a esquerda.

Finalizando: que fiquem as esquerdas felizes e orgulhosas com seu ídolo. Sempre vivem na irrealidade, e veem valores onde existe maldade e corrupção. Quem leu “Pedagogia do Oprimido”, quem sabe separar realidade de utopia, quem conhece a história e o meio universitário, quem sabe avaliar o poder da desinformação, sabe quanto vale Paulo Freire, não à toa nomeado “Patrono da Educação Brasileira” — uma das piores do mundo.

1 thoughts on “Pedagogia do Oprimido e a Proposta Político Pedagógica

  1. Franco Pimentel says:

    Realmente voce é um sujeito que valoriza a educação. Quem vê o seu currículo certamente questiona se você realmenete foi educado no Brasil. Como conseguiu isso? Mas não valoriza o que diz. Seu blogue aparece para mim mais como um departamento imobiliário do que de assuntos educacionais. Será que o seu currículo talvez não tenha sido alugado?

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