A saída da FORD do País acende uma luz de alerta sobre uma situação que vem se arrastando há anos e que piorou nesta época de pandemia

.
Há alguns anos a Ford iniciou um processo de reestruturação mundial de suas operações e entre as ações figura o fechamento suas três fábricas no Brasil: Camaçari (BA), Taubaté (SP) e Horizonte (CE).

A Ford do Brasil foi a primeira montadora de automóveis a se instalar no Brasil, chegando aqui há 102 anos, em 1919.

O fim da produção dos veículos da Ford no Brasil é um dos resultados de uma morte anunciada há muito tempo, mas que a maioria não quis acreditar.

Em fevereiro de 2019 a Ford fechou sua fábrica de caminhões no ABC Paulista, saindo definitivamente deste segmento e dando os primeiros sinais de que a saúde financeira da empresa já não estava boa.

Embora haja muitos problemas no Brasil, parte da culpa deste cenário é da própria Ford, que cometeu vários erros estratégicos desde os anos 80, quando resolveu abrir mão de automóveis com a identidade Ford para produzir com a Volkswagen os veículos da Autolatina.

Dentre as características que a Ford abriu mão podemos citar a elegância do Del Rey, a esportividade do Escort XR3, o espaço da Belina e a praticidade da picape Pampa, que foi por muito tempo o veículo usado mais comercializado no Brasil, principalmente nas áreas rurais.

.

A saída da FORD do País acende uma luz de alerta sobre uma situação que vem se arrastando há anos e que piorou nesta época de pandemia

.
Para o Brasil a paralisação das operações no País representa perda de postos de trabalho diretos e indiretos, perda de arrecadação e preocupação em relação aos motivos que levaram a empresa a tomar esta decisão, mantendo operações em países como a Argentina e Uruguai.

.
Há menos de dois anos, em fevereiro de 2019, quando a Ford decidiu sair do negócio de caminhões, fechou sua fábrica do ABC paulista e em dezembro do ano passado a Mercedes-Benz fechou sua fábrica em Iracemápolis (SP), de onde saiam os modelos Classe C e GLA.

.
Podemos afirmar que os motivos mais evidentes tenham sido o famoso “custo Brasil”, excesso de burocracia, moeda desvalorizada perante o dólar e o euro, além de decisões políticas que fazem o País não transmitir a confiança necessária para muitos empresários e investidores?

.
Para nos responder sobre estas questões procuramos o vice-diretor do Centro da Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) Regional-Campinas, José Henrique Toledo Corrêa, que nos atendeu prontamente.

.

A saída da FORD do País acende uma luz de alerta sobre uma situação que vem se arrastando há anos e que piorou nesta época de pandemia
José Henrique Toledo Corrêa – vice-diretor do Ciesp-Campinas

.
1. Sr. José Henrique, o fechamento das plantas industriais das montadoras FORD e Mercedes-Benz é uma consequência direta do “custo Brasil”?

.
2. Após um ano difícil para a economia mundial, em parte prejudicada pela pandemia, a atitude do Governo do Estado de São Paulo em aumentar taxas e impostos,  incluindo o ICMS, pode trazer resultados mais trágicos para nosso mercado?

.
3. Qual a atual necessidade de se implementar uma agenda que reduza o custo Brasil e em qual prazo?

.
4. O que é necessário fazer para melhorar o ambiente de negócios e aumentar a competitividade dos produtos brasileiros?

.

A saída da FORD do País acende uma luz de alerta sobre uma situação que vem se arrastando há anos e que piorou nesta época de pandemia
José Henrique Toledo Corrêa – vice-diretor do Ciesp-Campinas – Imagem: Roncon & Graça Comunicação

.

5. Percentualmente, quanto custa a burocracia para os empresários brasileiros?

.
6. Em sua visão, falta vontade política para resolver os problemas que dependem dos governos?

.

7. As intervenções do judiciário nas decisões do legislativo e executivo trazem alguma insegurança jurídica para os empresários brasileiros?

.
8. Quais as principais reclamações que o Ciesp-Campinas tem ouvido dos empresários e quais as principais reivindicações que o Ciesp-Campinas tem levado ao governo?

.
9. Em sua opinião, o Brasil tem solução?

.

José Henrique Toledo Corrêa

.

Agradecimentos

Quero deixar aqui meu agradecimento a prontidão e atenção do vice-diretor do Ciesp-Campinas,  José Henrique Toledo Corrêa, que aceitou o convite para esta entrevista.

A equipe da Roncon & Graça Comunicação que faz a assessoria de Imprensa do CIESP-Campinas foi essencial para a realização desta entrevista. A Equipe do Gibanet.com agradece ao empenho dos Jornalistas Edécio Roncon e Vera Graça.

Roncon & Graça Comunicações
Cel (19) 9-9772-8828
e-mail: rongra@terra.com.br
skype: roncongraca

facebook: roncon & graça comunicações

.

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.