O Bairro Partenon, um dos mais tradicionais de Porto Alegre, a Capital dos Pampas, abriga em seu interior muitas entidades e cidadãos ilustres, que se notabilizaram nos mais diversos ramos da atividade humana. Entre eles, o capitão reformado do Exército Casemiro Scepaniuk, de 89 anos, é com certeza um dos mais célebres moradores do local. Deve-se tal notoriedade ao fato de ser um dos pioneiros do paraquedismo militar brasileiro, iniciado com a criação da Brigada Paraquestita – hoje Brigada de Infantaria Parquedista – localizada na região conhecida como Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro. Scepaniuk é o paraquedista militar de nº 44, sendo o mais antigo deles, residente em terras gaúchas.
Sensível ao conselho do companheiro mais graduado e mais antigo, o 3º Sargento Casemiro Scepaniuk aceitou o convite, foi fazer o curso e se tornou o Paraquedista número 44 em um total de 47 oficiais e sargentos que foram para os Estados Unidos, tornando-se os pioneiros do paraquedismo militar brasileiro, 12 dos quais ainda são vivos. De volta ao Brasil, sempre esteve ligado a área da Educação Física, na qual atuou como treinador de várias equipes de futebol, como o Clube Botafogo de Futebol e Regatas, bem como instrutor de atletismo do Núcleo da Divisão de Paraquedistas do 1º Exército (hoje Comando Militar do Leste).
O hoje Capitão QAO Pqdt Casemiro Scepaniuk Integra o Grupo Grafonsos, que congrega paraquedistas de todo o Brasil, com sede em Porto Alegre, contingente esse que costuma desfilar na Parada de Sete de Setembro de Porto Alegre e participar de encontros de confraternização com companheiros paraquedistas da Ativa, como o realizado dia 22 do corrente, em Alegrete, no Oeste gaúcho, contando com a presença desse veterano militar, que é uma lenda viva do Parquedismo do Exército Brasileira.
Nossos agradecimentos ao Paraquedista Ricardo Freire, do Grupo Grafonsos, que colaborou gentilmente, pesquisando e fornecendo os dados biográficos relativos ao personagem central desta reportagem.
Lino Tavares é jornalista diplomado, colunista na mídia gaúcha e catarinense, integrante da equipe de comentaristas do Portal Terceiro Tempo da Rede Bandeirantes de Televisão, além de poeta e compositor
Ana Tassoni querida, como autor da matéria sinto-me no dever de informar que o nosso pioneiro do paraquedismo militar, Casemiro Scepaniuk , já não está mais entre nós. Há cerca de 4 anos nos deixou, indo habitar sua última morada, em Porto Alegre, que como sabes é um mausoléu turístico, devido à simbologia paraquedista que o ornamenta, ficando ao lado de Vitor Mateus Teixeira (Teixeirinha), grande cantor regionalista e cinegrafista gaúcho das décadas de 1950 e 60, que também é tipificado com um ornamento do gênero artístico em que atuava.
Não sou paraquedista, mas amo tudo disto pois cresci ao lado de Osmar Ludwig, um apaixonado e praticante deste esporte. Gostaria de um dia sentir a liberdade que vocês sentem nas alturas, mas tenho minhas limitações e, sendo assim os acompanho a distância. Parabéns ao Grupo Grafonso por ter um grande professor de vida e vivência ao lado de vocês.
Desse grupo de 47 Ofs e Sgts que foram os precursores do paraquedismo nas FFAA do Brasil, começando pelo Exercito, eu tive o prazer de conhecer um deles, quando de meu serviço militar obrigatório, no 19º Grupo de Artilharia de Campanha, Santiago-RS – Cel Art Pqdt JOSÉ DE ESCOBAR BEVILLAQUA – Até então eu não tinha uma idéia formada sobre o que era ser militar e muito menos um militar profissional ou de carreira. Ao conhecer esse Senhor, já na época (1972), com o preparo físico que dispunha, a vibração e a conduta de seus Ofs e Sgts na educação física, a marcialidade e a sua apresentação individual com aquele brevet prateado em destaque, comecei a perguntar ao meu Sgt, como aquele Coronel era diferente dos outros que se conhecia, apesar de poucos…lembro sempre do sorriso sarcástico do Sgt ao me responder – ele é um paraquedista, não é um qualquer!!…a partir daí comecei a buscar maiores conhecimentos e me empolgar com as informações; prestei concurso para a EsSA, fui chamado, com um ano de formação solicitei o CBPqdt, fui aprovado, servi na Bda Pqdt, sou MS e SL, busquei conhecer mais sobre os que foram ao Fort Benning/USA , encontrei o então Ten BEVILLAQUA e o Sgt SCEPANIUK, ícones do nosso EB na especialidade de Páraquedismo…BRASIL, ACIMA DE TUDO!!
SOU PARAQUEDISTA Nº 48986 89/3 !!!!!!
PARABÉNS LINO TAVARES!!!! POR ESSA HISTÓRIA LENDÁRIA!!!
QUE NA VERDADE POUCOS PARAQUEDISTA SABE DESSA LINDA HISTÓRIA !!!!!!
FORTE ABRAÇO!!!!
E FICA O NOSSO BRADO ((((( BRASIL ACIMA DE TUDO )))))
Obrigado, caro Osmar Ludwig. Como bom Pqdt do glorioso Exército Brasileiro, você foi “rápido no gatilho” e atendeu ao pleito de nosso leitor e seu colega paraquedista de Floripa. Volte sempre para publicar o que quiser na Revista Eletrônica Gibanet.com, que está sempre aberta a postagens de brasileiros que honram à Pátria, hoje enxovalhada pela presença de traidores de ontem no poder.
IRMÃO PARAQUEDISTA “JOÃO FERNANDES FILHO”, NOS REUNIMOS, EM UM ALMOÇO, MENSALMENTE NO CLUBE GERALDO SANTANA – POA-RS NOS SEGUNDOS SÁBADOS DE CADA MÊS.
SEJA BEM VINDO
Olá;
Sou o Pqdt 24.339 do ano de 1973 do 8º GAC PQDT.
Gostaria de obter informações se o Grupo GRAFONSOS se reúne em Porto Alegre, pois estou residindo em Florianópolis mas desejo encontrar-me com meus companheiros de farda.
Um grande e forte abraço.
BRASIL! ACIMA DE TUDO!
Att.
João Fernandes Filho
Pois é, amigo Juliano. Parece que o século 21 começou trazendo na garupa os medíocres e traidores pátrios de ontem, fazendo-os senhores do poder. Enquanto se contemplam lacaios de Moscou, de ontem, concedendo-lhes indenizações milionárias e pensões indevidas, recompensando quem deveria estar na cadeia por crime de traição à Pária, esquecem-se, como trastes velhos guardados em um depósito, pessoas como o nosso Pqdt Casemiro, que deveria ser condecorado e premiado consoante aquilo que representa como marco glorioso do nosso intrépido Paraquedismo Militar. ,
Casemiro é meu tio-avô.
Muito legal encontrar este post falando dele e da sua história. Uma pena que pessoas como ele sejam esquecidas tão facilmente pela nossa “história”.
Juliano, infelizmente é mais fácil a história lembrar dos ruins.
Infelizmente não tive o prazer de servir as forças armadas do Brasil.
E não tive muito incentivo do meu pai na época.
Casemiro Nelson scepaniuk.
Mas queria ter tido a oportunidade de ter conhecido o senhor Casemiro Scepaniuk.
Mesmo nunca ter tido prazer de conhecelo.
Apenas escutei algumas histórias q meu pai falava dele.
Mesmo não o conhecendo tenho orgulho de carregar o sobrenome dele.
Realmente,o colega veterano Scepanuick é um orgulho para o corpo de veteranos do Brasil,já tive a honra de desfilar por duas vezes com essa lenda viva do nosso paraquedismo,espero em 2013,contar com a presença deste Sr que muito nos orgulha. Sou o Pqdt Saul Silva,n 4975 de maio/58,que serviu na 2 Ciia do Btl Santos Dumont.
ola,sou pqd de 86 8gac 3bateria e gaucho de porto alegre do bairro passo da areia,atualmente moro no rio de janeiro,esse homem e um verdadeiro heroi que nos enche de orgulho pelo seu carater,brio e a nossa garra sulista e se a brigada paraquedista e hoje o que e ,egracas a esses verdadeiros brasileiros e homens que honraram essa boina e esse bota marrom,que deus te abencoe meu amigo gauchao macho dos pampas.
Felizmente sou vizinho desta lenda viva do paraquedismo brasileiro. Um homem de 92 anos e que até hoje se reúne com os amigos para relembrar seus tempos quando foi precursor da brigada paraquedista, fazendo seus primeiros saltos em solo americano. Que Deus o conserve por muitos anos ainda. Um abraço
Muito bom saber sobre participantes históricos e ainda vivos da história brasileira que é sempre muito curta. Só lembramos de personagens recentes, os primeiros participantes de longas datas são esquecidos pela população e principalmente pelos governantes de todas as épocas. Parabéns pela matéria.
É, infelizmente somos um país “desmemoriado”, caro Taiguara, que esquece seus passado de glórias, cultiva um presente de roubalheira institucionalizada e projeta um futuro de sonhos, para manter a massa cega do eleitorado sob o narcótico dos sonhos mirabolantes. O “Brasil brasileiro” de que falou Ari Barroso, em “Aquarela do Brasil”, já não existe mais. O que existe agora é o Brasil do “Salve-se quem puder”. Como já dizia aquela velhinha moradora ao lado de uma bailanta, “Durma-se com um barulho desses”.